São Paulo, 6 dez (EFE).- A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, prometeu nesta terça-feira que a situação econômica do país irá melhorar em 2012 com relação a este ano, no qual considerou que o Brasil foi "muito bem-sucedido" em comparação com o resto do mundo.
"Não só estamos encerrando o ano com estabilidade e crescimento, mas, sobretudo, com a visão de que 2012 será necessariamente melhor que 2011, o que não é pouca coisa diante da crise de insensatez política que vivenciamos neste ano nos Estados Unidos e na Europa", disse Dilma em discurso ao receber o prêmio "Brasileira do Ano", entregue pela revista "Istoé".
Dilma disse que o Brasil "tecnicamente não é imune à crise", mas assegurou que o país não sofreu tanto seus efeitos porque se antecipou na tomada de medidas para proteger o setor produtivo.
A economia brasileira ficou estagnada no terceiro trimestre, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira, e acumulou um crescimento de 3,2% nos nove primeiros meses do ano.
A presidente criticou as medidas de austeridade tomadas nos países europeus, que, segundo ela, "criam uma espiral descendente em que o menor crescimento gera mais crise, que gera menor crescimento".
"Nós sabemos que a nossa situação hoje é muito diferente de muitos países do mundo que ainda estão submetidos às regras do Fundo Monetário Internacional, a uma desregulamentação financeira absurda e, sobretudo, à perda de capacidade de seus Estados de agirem sobre suas sociedades e economias", relatou.
Por outro lado, a governante brasileira assinalou que o "caminho da prosperidade" passa por crescimento econômico, distribuição de renda e geração de oportunidades.
Além disso, Dilma assegurou que neste ano, o primeiro de seu Governo, teve início uma "era de prosperidade" em que o Brasil irá caminhar em direção à erradicação da miséria e à construção de um "país de classe média". EFE