Madri, 31 jul (EFE).- A saída de capitais da Espanha somou 163,185 bilhões de euros nos cinco primeiros meses deste ano, número do qual 41,294 bilhões correspondem apenas ao mês de maio, como consequência da fuga de investimentos de bolsa de valores, empréstimos e depósitos.
No mesmo período de 2011, o saldo era positivo e contabilizava uma entrada líquida de capital de 14,598 bilhões, segundo os dados do balanço de pagamentos publicado hoje pelo Banco da Espanha.
A desconfiança e o clima de incerteza na zona do euro aumentaram a fuga de capitais na Espanha, tanto de estrangeiros como de espanhóis.
Os investimentos no mercado financeiro - empréstimos, depósitos e outros instrumentos - acumularam saídas líquidas no valor de 108,925 bilhões, dos quais a metade corresponde a capital estrangeiro e a outra metade representa dinheiro que os espanhóis investem no exterior.
Um ano antes, entre janeiro e maio de 2011, havia entradas líquidas neste setor no total de 14,085 bilhões, já que o investimento estrangeiro não fugia e os espanhóis apostavam menos no exterior.
No que diz respeito aos investimentos em ações, fundos de investimento, bônus e instrumentos do mercado monetário, nos cinco primeiros meses do ano houve saída líquida no valor de 65,544 bilhões, frente à entrada de 11,693 bilhões no mesmo período de 2011.
Neste caso, a fuga de capital estrangeiro soma 70,140 bilhões, enquanto os espanhóis repatriaram fundos no total de 4,596 bilhões.
Frente à fuga de capital, os investimentos diretos originaram nos cinco primeiros meses do ano a entrada de 6,907 bilhões, quando, um ano antes, haviam saído 9,290 bilhões. EFE