Palma de Mallorca (Espanha), 30 jan (EFE).- O magistrado que julga o caso de corrupção de Iñaki Urdangarin, genro do Rei da Espanha, impôs uma fiança de responsabilidade civil de 8,1 milhões de euros a ele e seu ex-sócio Diego Torres, também réu no processo.
A fiança procura cobrir as possíveis responsabilidades monetárias que possam ser declaradas neste caso que investiga o desvio de fundos públicos do Instituto Nóos, uma entidade supostamente sem fins lucrativos que foi presidida por Urdangarin, casado com a filha mais nova do Rei, a infanta Cristina.
O juiz José Castro deu um prazo de cinco dias para o pagamento da fiança, segundo confirmaram à Agência Efe fontes jurídicas.
Em sua sentença desta quarta, o juiz acordou fixar a dita fiança para cobrir possíveis responsabilidades monetárias, e o valor se ajusta ao pedido pela Procuradoria.
Castro avisou Urdangarin e seu ex-sócio de que seus bens serão embargados caso não haja o depósito da fiança.
Ontem, terça-feira, o mesmo juiz citou Carlos García Revenga, secretário das filhas do rei Juan Carlos, as infantas Elena e Cristina, como acusado neste caso de suposta corrupção.
García Revenga deverá comparecer ao tribunal em 23 de fevereiro, o mesmo dia em que marcado para ouvir Urdangarin.
O secretário das infantas, que foi tesoureiro da Nóos, disse que é inocente em comunicado divulgado em 24 de janeiro.
Urdangarin foi citado para comentar sobre três supostos delitos de fraude fiscal, quase um ano após sua anterior declaração sobre o suposto desvio de fundos públicos do instituto Nóos.
Neste caso é investigado o suposto desvio de 6,1 milhões de euros procedentes das administrações regionais de Baleares e Valência ao Instituto Nóos entre os anos 2004 e 2007. EFE
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