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Banco Central reduz a Selic para a mínima histórica de 6,00% ao ano

Publicado 31.07.2019, 17:50
Atualizado 31.07.2019, 18:28
© Reuters.

Investing.com - O Comitê de Política Monetária decidiu pela a redução da Selic em 50 pontos-base na reunião de política monetária de dois dias encerrada nesta quarta-feira. A retomada de afrouxamento monetário coloca a Selic em seu patamar mais baixo da história, a 6,00%. A decisão vai além do consenso de corte para 6,25%, mas não surpreende tanto o investidor já que estava parcialmente precificada nos juros DI, que apontava para uma redução próximo aos 50 pontos-base.

O principal evento que proporciona ao colegiado à queda dos juros foi o avanço da tramitação da reforma da Previdência no início. Mesmo considerando risco relevante quanto à frustração de o texto não ser aprovado no prosseguimento da tramitação após o recesso parlamentar, com o corte o Copom sinaliza que amplo parlamentar com quase 380 deputados votando favoravelmente à matéria com uma economia fiscal estimada em R$ 900 bilhões em 10 anos contribui para o reequilíbrio das contas públicas.

O Copom, contudo, ressalva a importância da continuação da agenda de ajuste na economia brasileira para que a trajetória inflacionária continue favorável e os juros sigam caindo.

"O Copom reconhece que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado, mas enfatiza que a continuidade desse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia", disse o comitê no comunicado após a reunião.

"O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. Em particular, o Comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva."

O primeiro corte dos juros no Brasil em 16 meses, entretanto, não garante um ciclo contínuo, segundo o BC. "O Copom enfatiza que a comunicação dessa avaliação não restringe sua próxima decisão e reitera que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação."

Além disso, a nova taxa básica de juros foi decidida baseada em um cenário-base com indicadores recentes de atividade econômica apontando para um gradual processo de recuperação econômica, após a interrupção ocorrida nos últimos trimestres. Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro ter contraído, dados econômicos referentes ao segundo trimestre indicam um retorno à recuperação gradual da economia. Mesmo assim, o nível de ociosidade continua elevado e pode proporcionar a construção de expectativa de queda inflacionária.

Em relação ao cenário externo, o Copom novamente aborda um ambiente menos adverso com a perspectiva de afrouxamento monetário, já realizado hoje pelo Federal Reserve, que cortou em 25 pontos-base a taxa dos Fed Funds, a taxa referência da economia americana. Outros bancos centrais de países desenvolvidos e emergentes também começaram o seu processo de flexibilização monetária.

"O cenário externo mostra-se benigno, em decorrência das mudanças de política monetária nas principais economias. Entretanto, os riscos associados a uma desaceleração da economia global permanecem", disse o BC em comunicado

Por outro lado, a principal condicionante para os estímulos monetários são a desaceleração econômica global em curso, que se transforma em risco para impulsionar a alta da inflação.

Veja o comunicado completo do Copom:

Copom reduz taxa Selic para 6,00% a.a.

Em sua 224ª reunião, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 6,00% a.a.

A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:

Indicadores recentes da atividade econômica sugerem possibilidade de retomada do processo de recuperação da economia brasileira. O cenário do Copom supõe que essa retomada ocorrerá em ritmo gradual.

O cenário do Copom supõe que essa retomada ocorrerá em ritmo gradual;
O cenário do Copom supõe que essa retomada ocorrerá em ritmo gradual;

O cenário externo mostra-se benigno, em decorrência das mudanças de política monetária nas principais economias. Entretanto, os riscos associados a uma desaceleração da economia global permanecem;

O Comitê avalia que diversas medidas de inflação subjacente encontram-se em níveis confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária;

As expectativas de inflação para 2019, 2020, 2021 e 2022 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 3,8%, 3,9%, 3,75% e 3,50%, respectivamente; e

No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom situam-se em torno de 3,6% para 2019 e 3,9% para 2020. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2019 em 5,50% e permanece nesse patamar até o final de 2020. Também supõe trajetória para a taxa de câmbio que termina 2019 em R$/US$ 3,75 e 2020 em R$/US$ 3,80. No cenário com juros constantes a 6,50% a.a. e taxa de câmbio constante a R$/US$ 3,75*, as projeções situam-se em torno de 3,6% para 2019 e 2020.

O Comitê ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Por um lado, (i) o nível de ociosidade elevado pode continuar produzindo trajetória prospectiva abaixo do esperado. Por outro lado, (ii) uma eventual frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. O risco (ii) se intensifica no caso de (iii) reversão do cenário externo benigno para economias emergentes. O Comitê reconhece que o balanço de riscos para a inflação evoluiu de maneira favorável, mas avalia que o risco (ii) ainda é preponderante.

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros para 6,00% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2020.

O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.

O Copom reconhece que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado, mas enfatiza que a continuidade desse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. Em particular, o Comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva.

Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e, em especial, do balanço de riscos prescreve ajuste no grau de estímulo monetário, com redução da taxa Selic em 0,50 ponto percentual. O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo. O Copom enfatiza que a comunicação dessa avaliação não restringe sua próxima decisão e reitera que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto Oliveira Campos Neto (Presidente), Bruno Serra Fernandes, Carlos Viana de Carvalho, Carolina de Assis Barros, Fernanda Feitosa Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.

*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio R$/US$ observada nos cinco dias úteis encerrados na sexta-feira anterior à reunião do Copom.

Últimos comentários

Os bancos já sofreram pressão vendedora demais desde a aprovação da Reforma na Câmara, já precificando todo esse cenário e tecnicamente estão bem distante das médias, movimento que justifica pelo menos um ajuste de retorno a elas. O corte da taxa de juros propicia um ambiente econômico de menor arrocho monetário e estimula o empreendedorismo com dinheiro mais barato. Assim, os bancos ganharão no volume desse novo cenário promissor para o país! Como o corte da taxa selic em 0,5% não era consenso pelos analistas, surpreende positivamente por não ter sido precificado pelo mercado. Tecnicamente, o Ibov se encontra na região das principais médias e deve amanhã retomar a tendência principal.
É melhor o pessoal aprender a investir na bolsa de valores ou terão seu precioso dinheiro desvalorizado
Por que será desvalorizado? Você sabe que a desvalorização acontece quando a ajuste da renda é inferior ao ajuste dos custos não é?. A redução da taxa de juros assim como reduz o ajuste dos rendimento também reduz o ajuste dos custos, meu caro.. Se os preços sobem 5% e o rendimento sobe 4%, mesmo com o ajuste a maior do rendimento, haverá desvalorização. Se os rendimentos caem 5% e os preços caem 5%, mesmo com ajuste a menor, não haverá desvalorização. Isto deveria ser óbvio. Então redução de taxa não necessariamente indica desvalorização. É uma análise simplória da coisa.
Os rentistas não dão futuro pra ninguém, nem para eles mesmo. Acorda cara.
você só está olhando para o lado rentista? e acha que está certo ?
O BC está sendo irresponsável. Como os rentistas vão viver? Só falta agora dizer que eles terão que investir em ações ou em negócios.
Bolsa de Valores? No Brasil apenas 1% da população investe em nesse cassino.
Se nada fosse feito, reclamariam. Se fazem, reclamam. É aquela história de reclamar porque tá frio ou porque tá calor.
Andando para frente e com boa base estrutural. Meu voto está valendo demais.
como que a bolsa reage com isso ?
Dizem que a bolsa sobe no boato e cai no fato... nada impede que caia.. o mercado é coisa de louco...
Tão falando que a bolsa vai subir amanhã, mas se por analogia observarmos a bolsa dos EUA hj, onde tb houve corte de juros, ela não caiu, despencou.
Caiu pq o corte por lá foi abaixo do esperado. O mercado americano ansiava por um corte maior dos juros. Aqui no Brasil foi justamente o contrário. O mercado estava bem dividido e só os mais otimistas apostavam num corte de 0,5. Sua analogia está totalmente equivocada.
como que a bolsa reage com isso ?
Não vai resolver nada. Já vimos esse filme antes. Depois volta a subir. Cadê a independência do Banco Central?
As varejista agradecem. Principalmente a VVAR3 que deve buscar ultrapassar a barreira dos 8 reais amanhã.
com inflação de 0.01% dá pra baixar mais! desce o aço!!
Calma... creio que a SELIC ficará entre 5 e 5,5% em dezembro... se o Congresso não atrapalhar o Brasil, teremos taxa de juros de 1º mundo em 2020.
A Selic não é parâmetro para os bancos que cobram juros abusivos
A taxa de juros praticado por bancos tem a ver com:. 1. OIferta e demanda de crédito (o governo capta muitos recusos e dimuniu a oferta de crédito). 2. Inadimplência e dificuldades legais para cobrar calotes.. 3. Altos imposto (O IOF encarece muito as operaçõe sde crédito).. 4. Spread bancário.. Mas a queda da SELIC impactará para baixo as taxas bancárias.
Tomara mas creio q quase nada, pelo menos pra nós PF(Pessoas Físicas)
Os "bancos" dão os parâmetros para a SELIC.
coisa linda parceiro? Vamos agora esperar a inflação Dale na casa de caraai
não acho mais necessário o paracetamol.. no final do ano ,5,50
QUE COISA LINDA, AINDA SONHO COM 3% UM DIA, VAMOS BRASIL!
Estamos a caminho de ter taxa de juros de 1º mundo,,,
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