Brics Brasil: veja os principais pontos do comunicado financeiro

Publicado 05.07.2025, 16:59
Atualizado 05.07.2025, 20:10
Brics Brasil: veja os principais pontos do comunicado financeiro

Com um comunicado mais enxuto e duas declarações, a área financeira do Brics, que reuniu neste sábado, 5, no Rio ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais, o bloco passou seus principais recados ao restante do mundo. O mais evidente deles é o de que quer ter mais participação ativa nos organismos e decisões do globo, em especial nas instituições financeiras. Para isso, sugere mudanças de cotas e em relação à escolha de comandante especificamente para o Fundo Monetário Internacional(FMI).

A avaliação de fontes que acompanharam as negociações é que, se forem adiante, as mudanças "alteram todo o jogo de Bretton Woods". Este posicionamento é inédito e claramente se trata de um recado do Brics de que não estão satisfeitos com o acordo de cavalheiros existente entre Estados Unidos e Europa de um lado sempre comandar o FMI e o outro, o Banco Mundial.

A área mais aguardada pelo restante do globo diz respeito ao processo de desdolarização das transações comerciais entre seus membros. A avaliação interna do grupo é a de que houve avanços em relação aos pagamentos transfronteiriços. Não foram informados claramente quais são eles, mas, de posse de um relatório qualitativo sobre os prognósticos dos BCs do grupo, disseram que encontraram um caminho que pretendem desenvolver a partir de agora para reduzir custos de operações financeiras. A forma como isso se dará ficará para as próximas reuniões.

A Trilha de Finanças anunciou também que a iniciativa piloto de Garantias Multilaterais do Brics terá como objetivo oferecer instrumentos de crédito personalizados para o Sul Global e será incubada no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), reforçando o apoio à presidência de Dilma Rousseff. O foco principal sobre este tema é nas finanças sustentáveis, fazendo com que o encontro de hoje já fosse uma ponte para a COP30.

O grupo criticou ainda o tarifaço do presidente americano Donald Trump, sem mencionar qualquer país ou mesmo as ações indicadas em 2 de abril, no Liberation Day. Nessa área, também já se adiantaram, dizendo serem contrários a qualquer medida que possa distorcer o comércio internacional.

Um dos pontos mais caros ao Brasil diz respeito à progressividade tributária. O bloco assegurou hoje que daria apoio inequívoco às negociações tributárias que ocorrem no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), deixando de lado a coordenação que também ocorre sob o guarda-chuva da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris. Usando uma forma mais técnica, englobaram a taxação progressiva para os super ricos.

Também em preparação para a COP30, os países do Brics apelaram por mais apoio financeiro a medidas de adaptação e mitigação climática lideradas por economias desenvolvidas, instituições financeiras internacionais e atores do setor privado, de modo a aliviar a carga sobre países vulneráveis e economias em desenvolvimento.

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