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Copom corta 0,25 p.p e Selic vai a 2,00%; Abre a porta para mais reduções

Publicado 05.08.2020, 17:57
Atualizado 05.08.2020, 18:31
© Reuters.

Investing.com - O Comitê de Política Monetária (Copom) cortou nesta quarta-feira (5), a taxa Selic em 25 pontos-base, confirmando a sinalização na última reunião do colegiado e a expectativa do mercado. A taxa básica de juros foi reduzida de 2,25% para 2,00%, renovando a mínima histórica. A decisão foi unânime.

A autoridade não sinalizou, no entanto, fechou a porta para mais cortes dentro do ciclo de flexibilização monetária iniciada em outubro de 2016 e sinalizou que pode haver reduções “pequenas” – ou seja, de 0,25 ponto percentual - a depender do balanço risco de inflação nas próximas reuniões.

O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno. 

Qualquer corte, contudo, está atrelado à trajetória fiscal, segundo o comunicado do comitê.

Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva.

Além do fiscal, o olho do BC já está em no cumprimento da meta inflação de 2021 - e em menor grau para 2022 -, pois os efeitos de uma mudança da taxa de juros levam entre 6 e 9 meses para surtir efeito na economia. No último Boletim Focus, a projeção do IPCA de 2021 é de 3%, abaixo da meta de 3,75%.

O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022.

O novo corte foi justificado pelo balanço de risco simétrico, ou seja, com o mesmo risco de elevação e de desaceleração do nível de preços, com a inflação benigna neste ano e no próximo ano, quando devem ficar abaixo do centro da meta de inflação (4% em 2020 e 3,75% em 2021). A inflação este ano corre o risco, inclusive, de fechar o ano abaixo do piso mínimo de 2,5%, de acordo com o último Boletim Focus, cuja projeção do IPCA ficou em 1,67%.

Além disso, prescreve uma política monetária acomodatícia a alta capacidade ociosa na economia e a queda da atividade econômica, apesar de haver uma recuperação desde o piso alcançado durante a pandemia em abril e a perspectiva de o tombo do PIB ser menor em 2020 do que o projetado inicialmente. O Boletim Focus prevê queda de 5,66%, contra estimativa de contração de 6,5% há quatro semanas.

O colegiado ressaltou riscos em relação à evolução da deterioração fiscal em curso, com aumento dos gastos públicos para combate à pandemia e perda de arrecadação com a derrubada da atividade econômica. A perspectiva de aumento do endividamento público adiciona uma pressão inflacionária no médio prazo, o que eleva a cautela para prosseguimento do ciclo de baixa de juros.

Um aumento nos juros não está no radar do Copom neste momento.

O Copom não antevê reduções no grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária, que atualmente inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022.

O Copom volta a se reunir nos dias 15 e 16 de setembro.

Veja o comunicado do Copom divulgado após a reunião:

Copom reduz a taxa Selic para 2,00% a.a.

Em sua 232ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 2,00% a.a.

A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:
• No cenário externo, a pandemia da Covid-19 continua provocando a maior retração econômica global desde a Grande Depressão. Nesse contexto, apesar de alguns sinais promissores de retomada da atividade nas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador;
• Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores recentes sugerem uma recuperação parcial. Os setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permanecem deprimidos, apesar da recomposição da renda gerada pelos programas de governo. Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais;
• O Comitê avalia que diversas medidas de inflação subjacente permanecem abaixo dos níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária;
• As expectativas de inflação para 2020, 2021 e 2022 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 1,6%, 3,0% e 3,5%, respectivamente;
• No cenário híbrido, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante a R$5,20/US$*, as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 1,9% para 2020, 3,0% para 2021 e 3,4% para 2022. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 2,00% a.a. e se eleva até 3,00% a.a. em 2021 e 5,00% a.a. em 2022; e
• No cenário com taxa de juros constante a 2,25% a.a. e taxa de câmbio constante a R$5,20/US$*, as projeções de inflação situam-se em torno de 1,9% para 2020, 3,0% para 2021 e 3,7% para 2022.

O Comitê ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções.

Por um lado, o nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado. Esse risco se intensifica caso uma reversão mais lenta dos efeitos da pandemia prolongue o ambiente de elevada incerteza e de aumento da poupança precaucional.

Por outro lado, políticas fiscais de resposta à pandemia que piorem a trajetória fiscal do país de forma prolongada, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco. Adicionalmente, os diversos programas de estímulo creditício e de recomposição de renda, implementados no combate à pandemia, podem fazer com que a redução da demanda agregada seja menor do que a estimada, adicionando uma assimetria ao balanço de riscos. Esse conjunto de fatores implica, potencialmente, uma trajetória para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária.

O Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia.

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 2,00% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022.

O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno. Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva.

Apesar de uma assimetria em seu balanço dos riscos, o Copom não antevê reduções no grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária, que atualmente inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022. Essa intenção é condicional à manutenção do atual regime fiscal e à ancoragem das expectativas de inflação de longo prazo.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fabio Kanczuk, Fernanda Feitosa Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.

*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio R$/US$ observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.

Últimos comentários

quem esta em renda fixa CDB pós fixado, tomou no furico, vai perder valor para a inflação...agora quem comprou CDB pré fixado acima de 1% ao mês na época da Dilma, está rindo a toa
Cortou pouco, estamos com 13,5% de desempregados, mais de 13 milhões de pessoas. Empresario precisa de credito barato e fixo pra gerar emprego.
Os megas investidores de 14% de tesouro direto da epoca de dilmoca se rasgando por dentro ... aprenda a costurar para viver de renda .. eu ja aprendi .. costurei uma carapuça que caiu certinho ai.. kkkkkk
estão todos em renda variável agora.
Eu me dei bem, por causa dos pré fixados...
Mesmo q a matéria caia no esquecimento peço a todos que mantenham os comentários, tá mto engraçado! obrigado a todos
Calma galera , com a nota de R$200,00 todo mundo vai ficar rico . País de políticos Hipócritas independente de partidos
Inflação nas alturas com indices sendo manipulado para justificar a entrega de dinheiro barato para bancos e empresários.
FGTS se tornou o melhor investimento no momento...kkkkk 3% ao ano. Quero ver o que as construtoras irão fazer. Volume de poupança reduzindo e FGTS cada vez mais com custos maiores....
Fonaciamento imobiliario e vão vender como nunca na vida. O cara que hoje está em home office em 45m2 com a mulher e dois filhos, anda pensando em vender a alma pra mudar de casa
financiamento*
concordo com o desespero....mas vamos ver no que vai dar...
Cortaram Selic, mas o próximo passo será CPMF e taxação dividendos. Esqueçam a Disney kk
e dólar tbm bate record, gasolina tbm, gás de cozinha, tbm,...
O pior desses comentários é ver supostos investidores achando ruim a taxa Selic baixa! O que fazem aqui? Quanto menor a taxa melhor para a renda variável!
mas tem gente q nao investe em renda variável, q só quer guardar seu dinheiro para aposentadoria, com esse corte e com a moeda brasileira perdendo valor rápido, vc perde dinheiro deixando em renda fixa, tente olhar as coisas com outros olhos.
brasileiro só pensa no bolso dele por isso que esse país é um lixo !
para a renda variável? a Bolsa no pós-covid subiu EM REAIS, ai quando vc faz o par IBOV/BRL que é exatamente essa a operação que vc faz quando pega o seu dinheiro e compra bolsa, ai a bolsa subiu... então se a receita for essa: bater na parte BRL da equação dai se o real for a zero a bolsa vai a infinito... até uma criança de 5 anos sabe resolver essa dai... mas faz IBOV/USD ou pior IBOV/EUR ou vamos ser mais justos faz IBOV/INR (Rupia Indiana pra falar q estamos comparando dois emerging markets)... vc vai ver que o IBOV fez uma tímida perna de correção. Daí não da pra "roubar" batendo no lado /BRL da equação. Acho q eu vou ter q desenhar, vai ser difícil para alguns entenderem.. faz IBOV/CarroZero, e veja qual subiu mais de preço.
Nego achando que juros baixos estimula economia ,cês esqueceram que o brasil e pais de 3 mundo ,qual a logica de uma empresa no brasil investir em equipamentos de fora com dolar a 5 reais? Queria viver nesse mundo de ilusão de vocês.
Quem paga o juros da taxa Selic seja a 2% , 14% ou 50% ??
não não,o Brasil é industria de ponta!!!O estamos vendo a mais de uma década é a Desindustrialização do país!Juros baixo é pra país desenvolvido!O Brasil não tem recursos para investimento, depende de capital estrangeiro que está saindo daqui em massa!! porque??Juros baixo.
praticamente todos os equipamentos tem peças de fora senhores
com operacao storm ouro vai a 3000 mil.....
E dá-lhe mais empresa fazendo follow on para pagar divida...kkkk.
Não são bobas, fazendo caixa em IPO correndo pra quando bolha estourar não terem problema de acesso a crédito.
aí a sardinhas paga a conta
primeira vez que consigo por dinheiro na poupança kkkkkkkkkkkkkk bora voltar pro forex
Quem tem dinheiro em poupança é idiota.
O jeito vai ser fugir da poupança. O rendimento será negativo em 0,23% em um ano. Sacanagem!
Acho que alguns aqui querem a 10% ne reclamam de tudo baixo reclama mds vsf bando de fd ...
Daora ler os comentarios da galera, eu concordo com todo mundo kkkk
abaixa logo essa.porcaria que frescura . milhoes de desempregados coloca lenha nessa fornalia amks.fazer o trem andar !!!!!
Juros baixos mais dólar alto mais emissão de moeda= inflação absurda. Creio que estamos indo para um caminho que exigirá cautela. O excesso de liquidez está muito estranho. Outra coisa que me deixou com a pulga atrás da orelha foi a venda de ações da Vale pelo BNDES. Cautela nunca e DEMAIS.
Vsf reclama a 10% seu tanso povo so reclama
Na onde vc está vendo inflação ?
O homem e' um ser interessante. Juros alto, reclama. Juros baixo, reclama. Vai entender !!!
Quem reclama de juros baixo é pq tava todo bobo falando aos amigos q era o mega investidor de tesouro direto a 14% na epoca de dilmoca . Agora tenta ser o mega investidor no day trade e ta passando aperto.
quem comprou pré-fixado a 14% realmente é um mega investidor msm... mas vc não entenderia nada sobre isso, e eu tb não vou desenhar.
O Cara já vai começar errado achando que DayTrade é investimento..
exato
não muda nada
Não tem jeito. Agora é All in no BBDC4 e seja o que Deus quiser.
Tradução = Adeus renda fixa, olá renda variável.
existe ouro, imóveis, títulos chineses, e reserva de emergências.
procure se informar sobre investimentos no exterior. Brasil ja era.
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