WASHINGTON (Reuters) - O ex-diretor do FBI James Comey será pressionado a dizer se o presidente Donald Trump tentou obrigá-lo a frear uma investigação sobre alegações de laços entre a campanha de Trump e a Rússia, disseram importantes senadores dos Estados Unidos neste domingo, antes do depoimento de Comey esta semana no Capitólio.
Comey, que estava liderando a investigação do FBI sobre alegações de que a Rússia teria interferido na eleição presidencial norte-americana ano passado, foi demitido por Trump no mês passado, após quatro anos de serviço em um mandato que duraria dez.
A mudança gerou acusações de que Trump demitiu Comey para ocultar a investigação e sufocar questionamentos sobre um possível conluio entre sua campanha e a Rússia.
"Eu quero saber que tipo de pressão --apropriada, inapropriada-- quantas conversas ele teve com o presidente sobre este assunto?", disse o senador Mark Warner, principal democrata no Comitê de Inteligência do Senado, ao programa "Face the Nation", da CBS, neste domingo.
O ex-chefe do FBI testemunhará na quinta-feira perante o comitê de inteligência como parte de sua própria investigação relacionada à Rússia.
(Por Ayesha Rascoe e Yeganeh Torbati. Reportagem adicional por Lucia Mutikani)