AMÃ (Reuters) - Caças russos e sírios mataram ao menos 150 civis e feriram dezenas em mais de uma semana de intensos bombardeios que quebraram uma pausa de seis meses em operações aéreas intensivas em partes tomadas pela oposição no noroeste da Síria, disseram membros de equipes de resgate nesta quarta-feira.
A renovada campanha de bombardeios acontece após um grupo de rebeldes jihadistas liderados pela ex-ramificação da Qaeda na Síria promover na semana passada uma ampla ofensiva contra áreas controladas pelo governo em Hama, no norte do país.
“Nós retiramos 152 corpos e nós resgatamos 279 civis desde a campanha de bombardeios russa e do regime”, disse Salem Abu al Azem, um socorrista sênior da Defesa Civil, comandada pela oposição, em Idlib, acrescentando que corpos ainda estavam sendo resgatados dos destroços de prédios destruídos por ataques aéreos.
O Ministério da Defesa da Rússia diz estar atacando militantes extremistas islâmicos. O ministério nega acusações de ter mirado contra infraestruturas e centros médicos para forçar rebeldes a tréguas locais que efetivamente restauram a aderência do presidente Bashar al Assad ao poder.
Autoridades da Defesa Civil e outros funcionários de ajuda humanitária documentaram a destruição de seis hospitais, cinco centros de defesa e estações de energia nos primeiros dias da campanha de bombardeios, além de ataques em acampamentos onde civis deslocados estavam se abrigando.
Rebeldes e testemunhas diferenciam facilmente jatos russos de aviões sírios, com jatos russos voando em missões em altas altitudes e fazendo quedas com impacto devastador.
(Reportagem de Suleiman Al-Khalidi)