BERNE/DOHA (Reuters) - O Catar, sede da Copa do Mundo de 2022, está fazendo pouco para melhorar as condições para trabalhadores imigrantes, apesar de prometer reformas no ano passado, informou a Anistia Internacional nesta quinta-feira, mas Doha disse que diversas das alegações eram imprecisas.
A Anistia disse que pouco mudou para os 1,5 milhão de trabalhadores imigrantes e a Fifa tinha uma "clara responsabilidade" de pressionar o Catar para fazer mais.
"Sem ações imediatas, as promessas que o Catar fez no ano passado estão em sério risco de serem desmerecidas como apenas atuações de relações públicas para garantir que o Estado do Golfo possa receber a Copa de 2022", disse o pesquisador da Anistia Mustafa Qadri.
"No ano passado o governo fez promessas de melhorar os direitos trabalhistas dos imigrantes no Catar, mas na prática, não houve avanços significativos", acrescentou.
O Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais do Catar disse em nota: "Mudanças significativas foram feitas ao longo do ano passado para melhorar os direitos e condições de trabalhadores expatriados".
O Catar anunciou reformas propostas no ano passado, incluindo a substituição de uma lei na qual trabalhadores precisam da permissão de seus chefes para mudarem de emprego e reformas de uma lei em que trabalhadores precisam obter uma permissão de saída antes de deixarem o país.
(Reportagem de Brian Homewood, em Berne, e Amena Bakr, em Doha) 2015-05-21T130637Z_1006920001_LYNXMPEB4K0O6_RTROPTP_1_ESPORTES-CATAR-ANISTIA-IMIGRANTES.JPG