Rio de Janeiro, 8 abr (EFE).- As exportações de café do Brasil caíram 13,7% em valor no primeiro trimestre do ano, até US$ 1,219 bilhão, apesar de ter registrado uma melhoria de 13,9% no volume de vendas, com 8,3 milhões de sacas embarcadas.
No mês de março, a queda da receita dos exportadores de café foi de 9,9%, com um faturamento de US$ 429 milhões, segundo o balanço mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé).
O volume de vendas alcançou em março 2,68 milhões de sacas de 60 quilogramas, com uma melhora de 4,4% com relação ao mesmo mês do ano passado.
O preço do café caiu para US$ 160,04 por saca, com uma queda de 24,2% no preço médio, segundo o relatório do CeCafé.
A redução de preços coincide com um momento de seca, que minguou a produção nas principais regiões produtoras, o que deveria provocar uma alta da cotação do café.
A alta de preços ainda não se refletiu nas exportações porque os produtores costumam negociar sua produção antes do início da colheita.
O relatório do CeCafé também indicou que as exportações aos clientes tradicionais do café brasileiro subiram 9% em termos de volume no trimestre, enquanto as vendas a novos mercados se expandiram 33,1%.
No trimestre, os Estados Unidos se mantiveram como primeiro cliente do café brasileiro com 1,66 milhões de sacas, 20% do total; seguido da Alemanha (1,62 milhões de sacas), Itália (667.654) e Japão (547.118).
Segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC) citados pelo CeCafé, o Brasil se afiançou no primeiro bimestre como maior produtor do grão do mundo, com cerca de 25 % da produção mundial, seguido de Vietnã, Indonésia, Colômbia e Índia.