RAMALLAH, Cisjordânia (Reuters) - Milhares de palestinos se reuniram na Cisjordânia ocupada neste sábado para protestar contra a publicação de caricaturas do profeta Maomé pelo jornal satírico semanal francês Charlie Hebdo.
Manifestações simultâneas foram realizadas nas cidades de Ramallah e Hebron menos de três semanas depois que homens armados islâmicos mataram 12 pessoas na redação em Paris do Charlie Hebdo, que tem publicado repetidamente caricaturas do profeta.
O jornal voltou às bancas na semana seguinte ao ataque com uma caricatura de Maomé na primeira página.
"A França é a mãe do terrorismo. A América (Estados Unidos) é a mãe do terrorismo", gritavam os manifestantes. Eles carregavam faixas em preto e branco com a mensagem: "Há somente um Deus e Maomé é seu mensageiro."
Os protestos foram convocados pelo partido islâmico Tahrir, que defende a criação de um califado islâmico em países muçulmanos.
"Temos tomado as ruas para exigir que exércitos muçulmanos ajam da maneira como a França e o Ocidente merecem em resposta às repetidas ofensas ao profeta, que a paz esteja sobre ele", disse Baher Saleh, um membro do partido.
Na esteira dos assassinatos de Paris, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, apoiado pelo Ocidente, caminhou em Paris ao lado de dezenas de líderes mundiais, incluindo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante um ato em homenagem aos mortos nos ataques.
(Reportagem de Ali Sawafta e Yusri al-Jamal)