Washington, 9 mar (EFE).- A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reconheceu nesta sexta-feira que é difícil pressionar países como a Coreia do Sul para que reduzam a compra de petróleo do Irã, mas que foram obtidos progressos neste sentido.
Em reunião realizada em Washington com o ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Kim Sung-hwan, Hillary reconheceu "as decisões difíceis e inclusive os sacrifícios que pedimos a outros países para aumentar a pressão sobre Irã".
Os quatro maiores compradores do petróleo iraniano no mundo são China, Índia, Japão e Coreia do Sul.
Dez por cento das importações sul-coreanas do produto provém do Irã, mas Seul deve anunciar uma redução desta dependência no final de junho, quando conseguir suprir a falta de petróleo com outros países.
Hillary não anunciou hoje acordos sobre como será realizada esta redução, mas assegurou que houve progressos e que os EUA estão trabalhando com a Coreia do Sul para buscar alternativas ao petróleo iraniano.
A secretária e o chanceler sul-coreano também conversaram sobre reuniões futuras com o Japão para discutir a situação da Coreia do Norte, que anunciou a suspensão de seu programa nuclear no mês passado.
Hillary afirmou que o passo dado pelo novo líder norte-coreano, Kim Jong-un, é "modesto" e a Coreia do Norte será julgada "por suas ações", ao mesmo tempo em que será avaliado um possível reatamento das conversas sobre o programa nuclear do país, das quais participam as duas Coreias, EUA, China, Rússia e Japão.
Por sua parte, o ministro sul-coreano disse que Seul espera a realização das promessas da Coreia do Norte, que em troca dessas concessões espera obter ajuda alimentícia dos Estados Unidos. EFE