Por Hallie Gu e Shivani Singh
PEQUIM (Reuters) - As importações de soja brasileira pela China caíram 18% em setembro em relação ao ano anterior, mostraram dados alfandegários chineses nesta quarta-feira, com as margens de esmagamento fracas limitando a demanda.
A maior compradora mundial de soja importou 5,936 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil no mês passado, ante 7,25 milhões no mesmo período do ano anterior, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas.
Os processadores elevaram as compras no ano passado do principal fornecedor, o Brasil, à medida que aumentou a demanda para alimentação do rebanho de suínos que estava em rápida recuperação. Mas suas compras desaceleraram nos últimos meses, com a queda nos preços do suíno atingindo as margens.
As margens de suínos da China permanecem em território negativo, apesar de uma recuperação na semana passada.
A soja trazida pelos esmagadores chineses é processada em ingredientes para rações ao setor pecuário e para uso como óleo de cozinha.
As importações dos Estados Unidos ficaram em 169.439 toneladas, ante 1,17 milhão de toneladas um ano antes, depois que o furacão Ida atingiu os embarques, forçando o fechamento de alguns terminais de grãos na Costa do Golfo dos EUA.
Os problemas de fornecimento levaram os compradores chineses a buscarem os grãos do Brasil.
O impacto pode durar semanas durante o pico da temporada de exportação dos EUA, levando os compradores chineses a comprar mais grãos brasileiros, disseram os traders, embora as cargas dos EUA devam aumentar a partir de novembro.
O total de chegadas de soja em outubro deve ficar mais baixo do que no ano passado, aumentando a preocupação com o fornecimento de farelo de soja na China, em meio a uma crise de energia sem precedentes que forçou algumas plantas de esmagamento a fechar ou reduzir as operações.
Os estoques de soja e farelo de soja na China caíram na semana passada, segundo a consultoria agrícola Myagric.com.