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IPCA tem 1ª deflação desde setembro e taxa em 12 meses vai abaixo do centro da meta

Publicado 11.07.2023, 09:01
Atualizado 11.07.2023, 11:01
© Reuters. Consumidora faz compras em supermercado de São Paulo
11/01/2017
REUTERS/Paulo Whitaker

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO, (Reuters) - Os preços ao consumidor brasileiro registraram deflação em junho pela primeira vez em nove meses graças às quedas nos preços de alimentação e transportes, levando a taxa em 12 meses para abaixo do centro da meta, dando espaço para o Banco Central iniciar um ciclo de corte de juros.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou 0,08% em junho, contra avanço de 0,23% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

O resultado marcou a primeira taxa negativa desde setembro de 2022 (-0,29%) e a menor variação para o mês de junho desde 2017, ficando praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de uma queda de 0,10% do índice.

Com isso, o IPCA passou a acumular em 12 meses até junho taxa de 3,16%, contra 3,94% antes e expectativa de uma alta de 3,17%..

Essa é a taxa acumulada mais fraca desde setembro de 2020 (+3,14%), indo abaixo do centro da meta para a inflação deste ano --de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Apesar do enfraquecimento visto em junho, analistas avaliam que a inflação deve voltar a ganhar força no segundo semestre, quando as deflações de julho, agosto e setembro do ano passado, provocadas pela desoneração de impostos, saírem da base de cálculo do IPCA em 12 meses.

"Na nossa visão, a inflação acumulada em 12 meses atingiu seu patamar mínimo agora em junho e voltará a subir já a partir de julho, quando deve ficar acima de 4% novamente", prevê Claudia Moreno, economista do C6 Bank.

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Ao mesmo tempo, os últimos resultados reforçam os argumentos para o BC reduzir a taxa básica de juros Selic, atualmente em 13,75%, já no próximo mês. O BC já sinalizou que pode iniciar em agosto um ciclo de afrouxamento, desde que se mantenha o cenário de arrefecimento da inflação.

"Por ora, a expectativa é que continue (a aposta em um corte de) 25 pontos base para a próxima reunião do Copom. Precisamos olhar o IPCA-15 de julho, que sai mais perto da reunião do Copom. A depender dele, o BC vai tomar uma direção mais clara do tamanho e velocidade do afrouxamento monetário", avaliou João Piccioni, analista da Empiricus Research.

ALIMENTOS E CARROS

Em junho, os resultados que mais contribuíram para o resultado foram as quedas de 0,66% nos preços de Alimentação e bebidas e de 0,41% em Transportes. Também registraram quedas os Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%).

“Alimentação e bebidas e Transportes são os grupos mais pesados dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA. Assim, a queda nos preços desses dois grupos foi o que mais contribuiu para esse resultado de deflação no mês de junho”, explicou André Almeida, analista da pesquisa.

Entre os alimentos, destacaram-se os recuos nos preços do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%).

"Nos últimos meses, os preços dos grãos, como a soja, caíram. Isso impactou diretamente o preço do óleo de soja e indiretamente os preços das carnes e do leite, por exemplo", disse Almeida.

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Já o resultado de Transportes se deveu ao recuo nos preços dos automóveis novos (-2,76%) devido ao programa de descontos para compra de veículos novos do governo federal, o que ajudou na queda dos automóveis usados (-0,93%).

Os combustíveis também apresentaram queda, de 1,85%, sendo que os preços do óleo diesel recuaram 6,68%, os do etanol tiveram queda de 5,11%, os gás veicular perderam 2,77% e os da gasolina caíram 1,14%.

Na outra ponta, o maior impacto positivo e a maior variação foram registrados por Habitação, com alta de 0,69%.

Já a inflação de serviços, acompanhada de perto pelo Banco Central, registrou alta de 0,62% em junho, depois de variação negativa de 0,06% em maio, pressionada segundo Macedo por turismo, aluguel e condomínio. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses de serviços avança 6,21%.

"Na nossa visão, a resiliência da inflação de serviços, a pressão nos núcleos e a expectativa de inflação ainda acima da meta são desafios à convergência da inflação à meta", destacou Moreno, do C6 Bank, destacando que os núcleos de inflação, que excluem elementos voláteis e não recorrentes, continuam pressionados, acumulando uma alta de 6% em 12 meses.

O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, recuou a 50% em junho, de 56% em maio, no menor patamar desde maio de 2020.

De acordo com a pesquisa Focus mais recente, o mercado prevê que o IPCA encerrará este ano com alta de 4,95%, indo a 3,92% em 2024.

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