A Black Friday chegou! Não perca até 60% de DESCONTO InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Vice-presidente dos EUA visita Iraque em meio ao temor de alta da violência

Publicado 30.08.2010, 16:00

Bagdá, 30 ago (EFE).- O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, chegou hoje ao Iraque para se reunir com dirigentes iraquianos e comparecer à cerimônia da retirada das tropas de combate americanas, que ocorre em meio ao temor de uma escalada da violência.

Biden se reunirá amanhã, data oficial do fim das operações de combate, com os responsáveis iraquianos para reiterar o compromisso a longo prazo dos EUA com o Iraque, segundo a Casa Branca e o diário governamental iraquiano "Al-Sabah".

Em suas reuniões com os dirigentes dos diferentes blocos políticos iraquianos, entre eles o primeiro-ministro interino, Nouri al-Maliki, Biden buscará impulsionar o estagnado processo de formação de um novo Governo.

Além disso, participará em 1º de setembro da cerimônia na qual o Exército americano passará o comando militar do país às forças iraquianas.

A retirada americana é acompanhada com interesse pelo povo iraquiano, que teme um aumento da violência devido à falta de preparo do Exército, algo que foi reconhecido no último dia 11 pelo chefe do Estado-Maior iraquiano, general Babakar Zebari.

Além disso, al-Maliki advertiu há dois dias que a rede terrorista Al Qaeda e os seguidores do ex-partido governante Baath, do falecido ditador Saddam Hussein, têm planos de lançar novos ataques.

Em sua sexta viagem ao Iraque desde que assumiu seu cargo, Biden quer focar a conversa na questão da instabilidade política. Ele se reunirá em Bagdá com al-Maliki e com o presidente iraquiano, Jalal Talabani, assim como com o líder da coalizão Al Iraqiya, Ayad Allawi, e o dirigente da Aliança Nacional Iraquiana, Ammar al-Hakim.

O analista político Omar Nabili acredita que a retirada americana pode mandar uma mensagem aos dirigentes iraquianos que devem assumir sua responsabilidade e deixar de lado suas diferenças.

"A retirada é um momento importante na vida dos iraquianos que devem se aproveitar dela para estabelecer um Mapa do Caminho (da paz), a fim de impulsionar o processo de consenso nacional", assinalou Nabili.

Os partidos iraquianos não conseguiram ainda um acordo para criar um novo Gabinete após as eleições de 7 de março passado, nas quais venceu a Al Iraqiya, com 91 dos 325 cadeiras do Parlamento, frente ao agrupamento de al-Maliki, que ficou em segundo lugar com 89 assentos na Câmara.

Mas nas ruas parece preocupar mais o tema da segurança. A população não esconde o temor diante de uma possível escalada da violência após a retirada americana, embora se mostrem divididos quanto às vantagens e desvantagens dessa presença.

"Temos medo e pouca confiança no futuro, mas queremos que as forças de ocupação vão embora, sem importar os perigos para a próxima etapa", afirmou a cidadã Umm Samih à Agência Efe, muito crítica com o papel desempenhado pelas forças dos EUA desde a invasão do Iraque em 2003.

Para ela, os americanos "tomaram tudo e não deixaram outra coisa senão o caos, a guerra, os assassinatos e o exílio, após dar passagem livre às organizações armadas em todas as partes".

Também se mostra muito crítico Ibrahim Samir al-Obeidi, de 40 anos. Ele declarou à Efe que ele respeitava os Estados Unidos "antes que ocupassem o Iraque, mas isso mudou ao ver o mau trato que os soldados davam".

Já Ahmed Abbas discorda dos críticos. Ele trabalhou durante quatro anos como tradutor das tropas dos EUA na província de Salah ad-Din e considera que os americanos não eram ocupantes mas "amigos que vieram libertar o Iraque da ditadura de Saddam Hussein".

Amanhã, os EUA encerrarão oficialmente as missões de combate no Iraque, embora o último batalhão bélico já tenha saído do país no último dia 19.

Restam agora menos de 50 mil soldados americanos no Iraque, que permanecem para trabalhos de treinamento dos iraquianos. Eles ficam até dezembro de 2011, quando os EUA se comprometeram a retirar totalmente sua presença militar no país árabe. EFE

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.