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Grãos: trigo e milho ampliam perdas após previsões climáticas melhores

Publicado 12.02.2013, 08:46
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Investing.com – Os contratos futuros de grãos caíram nas negociações europeias da manhã desta terça-feira, com os preços do trigo e do milho ampliando as perdas da última sessão e atingindo baixas de várias semanas após as previsões meteorológicas terem indicado melhora climática para as safras.

Os preços ficaram sob mais pressão porque as vendas continuaram após o relatório pessimistas sobre as reservas globais emitido pelo Ministério da Agricultura dos EUA (USDA).

Na Bolsa Mercantil de Chicago, os contratos futuros de trigo para entrega em março foram negociados a US$ 7,3800 por bushel, caindo 0,4% no dia.

O contrato de março caiu até 0,7% no início da sessão, para US$ 7,3662 por bushel, a baixa diária e o nível mais fraco desde 10 de janeiro.

As preocupações com as condições da safra nas Grandes Planícies dos EUA diminuíram ontem após precipitação de chuva e neve na região atingida pela seca.

Os traders de trigo vêm acompanhando atentamente o clima e as condições das safra nesta área, onde uma seca prolongada ameaça a safra de trigo de inverno plantada recentemente.

A previsão de safra pessimista do governo norte-americano feita na semana passada continuou pesando. Segundo o USDA, as reservas globais de trigo do final do ano ficarão em 176,73 milhões de toneladas, acima da estimativa do mês passado de 176.64 milhões.Enquanto isso, os futuros de milho para entrega em março foram negociados a US$ 6,9650 por bushel, em baixa de 0,75% no dia. O contrato de março caiu até 0,9% no início da sessão, para US$ 6,9412 por bushel, a baixa diária e o nível mais fraco desde 11 de janeiro.

As perdas do milho aumentaram após os preços terem ficado abaixo do nível-chave de US$ 7,00 por bushel, desencadeando novos pedidos de venda em meio a sinais de baixa.

O sentimento em relação ao grão permaneceu pessimistas após o USDA ter dito na semana passada que as reservas norte-americanas antes da próxima colheita ficarão 5% maior que o previsto no mês passado. As reservas norte-americanas totalizarão 632 milhões de bushel em 31 de agosto, acima da projeção de 602 milhões em janeiro.

A revisão para cima refletiu diminuição na demanda pelas reservas norte-americanas. Os exportadores norte-americanos venderão 900 milhões de bushels de milho na temporada atual de comercialização, abaixo da projeção de 950 milhões do mês passado e o menor nível desde 1972.

Os dados também mostraram que as reservas globais do grão em 1 de outubro totalizarão 118.04 milhões de toneladas, acima dos 115.99 milhões previstos no mês passado.

Em outros lugares, os futuros de soja para entrega em março foram negociados a US$ 14,3388 por bushel, avançando 0,2% no dia. O contrato de março foi negociado numa faixa estreita entre US$ 14,2962 por bushel, a baixa diária, e US$ 14,3662 por bushel, a alta da sessão.

Os preços da soja reganharam força uma vez que a queda da sessão anterior para uma baixa de três semanas fez os investidores retornarem ao mercado em busca de barganhas.

Na segunda-feira, o preço da soja caiu para US$ 14,2937 por bushel, após o USDA ter projetado reservas maiores que o esperado da oleaginosa na semana passada.

As reservas de soja em 1 de outubro totalizarão 60,12 milhões de toneladas, mais do que os 59,46 milhões estimados em janeiro e 8,8% maior que o ano passado.As expectativas de safras maiores nos principais produtores sul-americanos também somaram-se à pressão de venda.

O USDA informou que o Brasil colherá um recorde de 83,5 milhões de toneladas de soja nesta primavera, num ritmo de ultrapassar o principal produtor mundial, os EUA, pela primeira vez.

A produção de soja combinada do Brasil e da Argentina totalizará 28%, um recorde de 136,5 milhões.A produção mundial totalizará um recorde de 269,5 milhões de toneladas no ano atual de comercialização, mais que os 269,41 milhões projetados em janeiro. Na temporada anterior, a produção global totalizou 238,73 milhões de toneladas.

O milho é a maior safra norte-americana, seguido pela soja, segundo estatísticas do governo. O trigo ocupa o quarto lugar, atrás do feno.

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