Bruxelas, 13 ago (EFE).- O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do
euro e o da União Europeia aumentou 1% entre abril e junho de 2010,
com relação ao trimestre anterior, segundo os dados divulgados hoje
pelo escritório de estatística comunitária, Eurostat, que estão
acima das previsões mais otimistas.
A expansão representa uma aceleração da recuperação econômica em
comparação com o trimestre anterior, quando o PIB aumentou 0,2% no
trimestre em ambas as zonas; e constitui o quarto trimestre
consecutivo no positivo, o que confirma a consolidação do
crescimento no Velho Continente.
O resultado foi favorecido pelo bom comportamento da economia
alemã, que registrou aumento do PIB de 2,2% nesse período, inédito
desde a reunificação do país, em 1990, e qualificado de recuperação
"vertiginosa" por parte do Escritório Federal de Estatística alemã.
Em termos anualizados, o PIB ajustado subiu no segundo trimestre
1,7% tanto na zona do euro quanto no conjunto da União Europeia,
após expandir 0,6% e 0,5%, respectivamente, no trimestre anterior,
conforme o primeiro cálculo do Eurostat.
Estes números demonstram que a economia europeia se comportou
melhor do que a dos Estados Unidos no segundo trimestre, um período
no qual o PIB americano subiu 0,6% com relação ao trimestre anterior
e 3,2% em termos anualizados.
No primeiro trimestre de 2010, a economia americana expandiu 0,9%
com relação aos três meses anteriores e 2,4% em termos anualizados.
Além da Alemanha, as grandes economias da região avançaram na
saída da crise, com crescimentos trimestrais do PIB de 1,1% no Reino
Unido, de 0,9% na Holanda, de 0,6% na França e de 0,4% na Itália.
Na Espanha, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou
hoje que a economia espanhola cresceu pelo segundo trimestre
consecutivo, de abril a junho de 2010, ao registrar avanço de 0,2%
com relação ao trimestre anterior, embora ainda acumule uma queda
anualizada de 0,2%.
Entre os Estados-membros para os quais existem dados, as melhores
recuperações foram registradas na Lituânia, onde o PIB aumentou 2,9%
no segundo trimestre, com relação ao trimestre anterior; na Estônia,
com alta de 2%; assim como na Eslováquia e Suécia, com ascensões de
1,2%.
No outro extremo só ficou a Grécia, onde a recessão se agravou,
como mostra a queda trimestral do PIB de 1,5% devido ao corte do
gasto público iniciado para evitar a quebra do país e à queda da
demanda. EFE