TURMUSIYA, Cisjordânia (Reuters) - Um ministro palestino morreu pouco depois de ser atingido por soldados israelenses durante um protesto nesta quarta-feira na Cisjordânia ocupada, disseram um médico palestino e um fotógrafo da Reuters que testemunhou a cena.
Ziad Abu Ein, ministro sem pasta definida que tinha em torno de 50 anos, foi levado às pressas do local por uma ambulância, no vilarejo de Turmusiya, mas morreu rumo à cidade palestina vizinha de Ramallah.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse em comunicado que a morte de Abu Ein era "um ato bárbaro, sobre o qual não se pode calar ou aceitar". Abbas afirmou que tomaria as "medidas necessárias" após uma investigação ser conduzida e anunciou três dias de luto oficial.
O Exército israelense está examinando o incidente, disse uma porta-voz, sem dar maiores detalhes.
Cerca de 100 ativistas palestinos e estrangeiros do Comitê pela Resistência aos Assentamentos e ao Muro, uma organização de protesto mantida pelo governo e administrada por Abu Ein, dirigiam-se aos arredores de um assentamento israelense para plantar árvores e protestar quando foram parados em um posto de controle improvisado, disseram testemunhas.
Um grupo de cerca de 15 soldados israelenses atirou gás lacrimogêneo contra os manifestantes e começou a confrontá-los fisicamente.
Abu Ein foi atingido com um golpe no pescoço durante uma troca de agressões com dois soldados, e foi retirado às pressas do local em uma ambulância pouco depois, disse um fotógrafo da Reuters.
As tensões bilaterais têm se intensificado nas últimas semanas em decorrência da morte de 10 israelenses e um visitante estrangeiro durante ataques feitos por palestinos.
Mais de uma dezena de palestinos morreram durante o mesmo período, incluindo a maioria dos acusados de conduzir os atentados.
(Reportagem de Ali Sawafta e Mohammed Torokman)