Por Gabriel Burin
BUENOS AIRES (Reuters) - A taxa básica de juros do Brasil deve subir pelo menos mais 100 pontos-base na quarta-feira da semana que vem, com a reação do Banco Central a temores de piora nas expectativas de inflação devido a preocupações fiscais, mostrou uma pesquisa da Reuters.
O Comitê de Política Monetária (Copom) manterá sua postura agressiva, com seus membros possivelmente expressando preocupações sobre a introdução de novos planos de gastos sociais que podem minar o teto de gastos.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, se tornou o presidente de BC mais agressivo neste ano, elevando a Selic em 425 pontos-base, mesmo com a economia ainda se recuperando de uma recessão relacionada à pandemia do coronavírus.
Enquanto a mediana das estimativas de 31 economistas em pesquisa realizada de 18 a 22 de outubro refletia expectativa de aumento da taxa Selic de 6,25% para 7,25% na reunião de 27 de outubro, quatro bancos globais elevaram suas projeções em 25 pontos-base ou mais nas últimas 24 horas.
JPMorgan Chase & Co (NYSE:JPM) (SA:JPMC34), Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34) e Credit Suisse (SIX:CSGN) (SA:C1SU34) agora estão prevendo aumento de 125 pontos-base. O UBS está mirando 150 pontos-base. Os quatro credores publicaram suas opiniões atualizadas entre a véspera e esta sexta-feira.