Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira a destinação de 600 milhões de reais do Fundo Amazônia a municípios da região para o combate ao desmatamento e a incêndios florestais.
Em cerimônia no Palácio do Planalto para marcar o Dia da Amazônia, Lula assinou uma série de medidas que incluem a homologação de dois territórios indígenas no Acre e no Amazonas e de unidades de conservação em Roraima, além de decreto que altera as regras sobre a regularização fundiária em áreas da União e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
"Vamos destinar... 600 milhões de reais do Fundo Amazônia para municípios que pelos seus indicadores recentes são considerados prioritários para o combate ao desmatamento e aos incêndios florestais", disse Lula, no evento.
Ao reforçar o compromisso assumido em seu terceiro mandato de chegar à meta de desmatamento zero em 2030 na Amazônia, o presidente afirmou que as forças policiais e militares irão combater "todo e qualquer tipo de ilegalidade da região".
"A Polícia Federal, as Forças Armadas vão ter um papel importante para que a gente não permita que a Amazônia -- além dos madeireiros, além dos garimpeiros, além dos grileiros -- que a Amazônia seja o palco preferido do crime organizado nesse país", disse o presidente
"Nós vamos combater todo e qualquer tipo de ilegalidade para que o povo da Amazônia possa viver tranquilo e feliz", acrescentou.
Pouco antes da cerimônia, Lula comemorou números mais recentes do desmatamento na região.
Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o desmatamento na Amazônia teve uma redução de 66,1% em agosto na comparação com o ano passado. A ministra também informou, sem dar detalhes, que as ações tomadas pelo governo federal já demonstram uma desaceleração no ritmo de desmatamento no Cerrado.
"Estamos equilibrando e empurrando essa curva para baixo", disse Marina, na cerimônia.