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Por desinflação e ancoragem de expectativas, BC avaliou ajuste maior que 1,5 p.p. na Selic

Publicado 14.12.2021, 08:32
Atualizado 14.12.2021, 10:51
© Reuters. Pessoas passam em frente à sede do Banco Central em Brasília
25/08/2021
REUTERS/Amanda Perobelli

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central reafirmou que levará os juros a território que promova não apenas desinflação, mas também ancoragem das expectativas em torno das metas, e revelou que, na mais recente reunião do Comitê de Política Monetária, chegou a fazer comparações entre cenários envolvendo ritmos de ajuste mais fortes e quadros em que a taxa de juros permanece elevada por período mais longo, conforme ata do encontro publicada nesta terça-feira.

Citando "desenvolvimentos" no âmbito fiscal, o Copom disse que, levando em conta o viés altista para as projeções de inflação do seu cenário básico, o ciclo de aperto monetário deverá ser "mais contracionista" do que o utilizado no cenário-base "por todo o horizonte relevante", o que inclui 2022 e 2023.

O texto do colegiado do BC manteve o tom, considerado duro, do comunicado divulgado após a reunião do Copom da semana passada, apesar de reconhecer que números recentes de atividade vieram abaixo do esperado.

Na ata, o BC classificou a inflação como "elevada" e com "alta disseminada entre vários componentes" e ressaltou que as leituras recentes de preços vieram acima do esperado.

Mesmo avaliando cenários de aperto mais agressivo da política monetária, a autoridade monetária apontou que o ritmo de ajuste de 1,50 ponto percentual, neste momento, é adequado para atingir um patamar suficientemente contracionista para garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante e consolidar a ancoragem das expectativas de prazos mais longos.

O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, avaliou que a ata do Copom veio mais "hawkish" (dura com a inflação), indicando que a Selic poderá subir em 2022 para além dos 11,75% previstos pelo mercado no boletim Focus.

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"Apesar de a opção do comitê ter sido a mais branda, a autoridade não trouxe a mesa o debate sobre a desancoragem para baixo caso o cenário escolhido fosse ainda mais austero", disse.

Na última quarta-feira, o BC aumentou a taxa básica de juros em 1,50 ponto percentual, ao patamar de 9,25% ao ano, e indicou que deverá repetir a dose na próxima reunião do colegiado, em fevereiro, buscando avançar "significativamente em território contracionista" ao dar sequência ao agressivo ciclo de aperto monetário para domar a inflação. As avaliações foram repetidas na ata do Copom divulgada nesta terça-feira.

"O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista", disse o colegiado na ata.

"O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", emendou, ressaltando que os próximos passos do comitê poderão ser ajustados e dependerão da evolução da atividade, do balanço de riscos e das expectativas para a inflação.

Análise produzida pelo departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco (SA:BBDC4) afirma que a ata reforçou a sinalização de que o aperto monetário continuará avançando em terreno contracionista nos próximos meses, sendo mais restritivo por todo o horizonte relevante.

"Isso sugere, por ora, que os juros podem ficar elevados por um período mais prolongado", afirmou.

A avaliação é compartilhada pelo estrategista-chefe da Renascença DTVM, Sérgio Goldstein. Segundo ele, a taxa terminal da Selic não precisaria ser mais alta do que 11,75% caso o BC demore mais para reduzir os juros após o fim do ciclo de aperto.

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Para o economista-chefe da XP, Caio Megale, o Copom está ganhando tempo para avaliar o estado da economia global ao manter o tom duro e indicar novo aumento de 1,50 p.p. na reunião de fevereiro, segurando as expectativas ancoradas.

"Considerando que a atividade já está perdendo fôlego e que boa parte do aperto monetário ainda não atingiu a economia, ainda acreditamos que, até março, o Copom se sentirá confortável em reduzir o ritmo para 0.75 pp e, a partir daí, entrará em modo de 'esperar para ver' com a taxa Selic em 11,50%, mas reconhecemos que o risco está integralmente inclinado para cima", disse.

ATIVIDADE

Em relação à atividade econômica no Brasil, o BC ressaltou que os números do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre mostraram evolução abaixo da esperada, apesar de recuperação mais robusta de atividades atingidas pela pandemia.

"Indicadores de mais alta frequência indicam recuo da atividade econômica, difundido entre vários setores, em setembro e possivelmente em outubro. No mesmo sentido, os índices de confiança já disponíveis para os meses iniciais do trimestre corrente mostram deterioração", disse o documento.

Para 2022, foi mantida a avaliação de que o crescimento do país pode ser beneficiado pela continuidade da recuperação do mercado de trabalho e do setor de serviços, além do desempenho da agropecuária.

Na avaliação do cenário externo, o Copom entendeu que o ambiente se tornou menos favorável, com alguns bancos centrais expressando a necessidade de cautela frente à maior persistência da inflação, o que torna o cenário mais desafiador para economias emergentes.

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"Além disso, a questão imobiliária na China, a possibilidade de nova onda da Covid-19 durante o inverno e o aparecimento da variante Ômicron adicionam incerteza quanto ao ritmo de recuperação nas economias centrais. Esses eventos geraram quedas nos preços de commodities importantes, mas ainda é cedo para prever a extensão deste movimento", afirmou.

Últimos comentários

mais um dia, volatilidade, alta na abertura e devolve tudo até o café da tarde. As forças compradoras e vendedoras em queda de braço, mas não tem jeito. Avião sem asa e sem turbina não voa!
Completamente equivocado. Os compradores lucram até a resistência, e realizam lucros. Tem uma resistência forte por conta da subida dos juros.
esquerdalha pirando hoje hein??? kkk kkk comenta aí kkkkk quero rirrrrrrrr
Rindo do Maltair que não esperou a bolsa fechar ! Que pé frio tem essa bozotralha. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
  como  você é  vulgar, aprenda  a se   comportar como gente. Grosseira.
 você  deveria  votar  no Bozo  ele te representa bem, no aspecto   vulgaridade  e  ggrossura
É galera não deixaram o mito ser capa da Time me solidarizo com a frustração dos adoradores do JB mais la é outro patamar
o cara: nosso bozo hahaha
Não Zé Mentira, toma que o traste é seu. Nosso não! Esse estrume é todo seu, delicie-se! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Aliás, como lembrou Zé Mentira. Hitler e Stalin já foram capa da Time, pra mostrar a idiotia de idolatrar capas. kkkkkkkkkkkk
De destruir o Brasil os militares entendem, kkk. Recorde de inflação e corrupção dos milicos.
Sim, fizeram o que a esquerda hoje defende, mais estado  mais imposto e mais controle. Resultou em hiperinflação como na Argentina de hoje.
Exato, parece que nao aprenderam nada depois do golpe de 64. Vão entregar o pais em frangalhos.... O novo presidente tera que refazer o Plano Real e voltar com todos os controles anticorrupção que foram destruídos.
Pegando a pandemia de colo, ainda não dar os juros que a esquerdalha teve sem Pandemia. Roubo? pra roubar o que o PT e outros partidos roubaram, é preciso de muito, mais muito anos em gerações. Nunca haverá na história da Humanidade o roubo feito por Lula.
Hoje temos uma inflação de custos, causada principalmente com a desvalorização da moeda local, provocado por risco fiscal, político e insegurança jurídica. O fato é que o Banco Central está sozinho nesta luta, não temos perspectivas de reformas estruturais que enchugue a máquina pública, cortes de gastos, segurança jurídica e etc. E para piorar ainda mais nosso cenário, ano que vem temos eleição, onde vale tudo pela Presidência da República.
Você pode votar em candidatos que pelo menos no discurso/parcialmente se comprometam e realizaram parte de suas promessas acerca destas pautas que todos nos defendemos, ou você pode votar em candidatos que de antemão se mostram contrários a esta pauta. Há uma terceira via que é representante da elite do funcionalismo público, cheia de privilégios e que óbvio não fará estas reformas, inclusive se vale de dinheiro público para financiar a militância.
Sob essa perspectiva acho que tudo mesmo vale para que os contrários ás pautas liberais não cheguem ao poder. Acerca dos patrimonialistas, não tem porquê alguém crer que irão contra seus próprios interesses. Se utilizam dinheiro público para comprar a militância digital, você acha que se preocuparão com redução de estado e gastos?
Hoje temos uma inflação de custos, causada principalmente com a desvalorização da moeda local, provocado por risco fiscal, político e insegurança jurídica. O fato é que o Banco Central está sozinho nesta luta, não temos perspectivas de reformas estruturais que enchugue a máquina pública, cortes de gastos, segurança jurídica e etc. E para piorar ainda mais nosso cenário, ano que vem temos eleição, onde vale tudo pela Presidência da República.
Esqueceu do principal : A p...do Biden. Ele atrasou a subida dos juros...talvez tenha que subir os juros americanos de forma mais forte e por mais tempo, resultado o dólar vai explodir.
Culpar Paulo Guedes ou o Presidente Bolsonaro pelas taxas de Selic não devem saber que o BC é independente! Um pão francês tem mais miolo do que um esquerdopata lacrador!
Mentira não merece respeito. Falta de respeito com a inteligência alheia é espalhar fake news em site de investimentos.
César Ferreira, esse é o melhor argumento que sua inteligência pode produzir? kkkkk 5° série? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Calma Vovô Mentira! Fica nervoso não! Em 2022 isso passa com as URNAS ELETRÔNICAS! kkkkkkkkkkkkk
Quanto a inflação, não esqueça do impacto cambial em toda a cadeia de produtos, ou seja, se elevar os juros básicos acima do patamar negativo em que ainda se encontra, terá efeito positivo no fluxo de capitais para o país, diminuindo a pressão do dólar no custo dos produtos e commodities. O Bacen errou em manter a Selic em patamar negativo por muito tempo e agora corre atrás do prejuízo...
os riscos, politico, fiscal, monetario, etc,  estao muito maiores do que em outras epocas, em especial, a mais recente que foi em 2016. juros ainda muito aquem dos riscos. com o bc buscando o equilibrio a conta-gotas, corremos o serio risco de termos um choque monetario muito alem do que o necessario, eventualmente abrupto, como alias ja aconteceu varias vezes no passado.
em plena pandemia o compo ficou por meses com a taxa de juros a 2 porcento, aqui nao e a suica fora o paulo fura teto e outras
Os animais acham que a pandemia só acontece no Brasil? Pq será que temos as piores taxas do mundo de Inflação, desemprego, mortes, juros reais, pior moeda, .... Mais fácil culpar a GROBO, né?
Interessante que são os mesmos animais que diziam que a pandemia era só uma gripezinha. Erraram feio? Ou agora apelaram para o mimimi? kkkkk
jogando dinheiro do pagador de imposto no lixo, aumentar juros aumenta o custo da indústria, da produção, e significa mais inflação
Aumeto de juros significa mais inflação!?? De onde vc tirou essa perola?
acho que o que o elton quis dizer eh que, porque afeta os investimentos, nao apenas o consumo, pode criar riscos inflacionarios ainda maiores no futuro. mais uma razao para o bc apressar o ritmo do aperto monetario.
nos contos infantis os empresarios não repassam o custo, só lá...
Selic de 2% aa a conta chegou !
quer comparar pais de primeiro mundo com Brasil, me ajuda ai cara não se faça de bobo
o Brasil não é primeiro mundo, é um emergente em vias de desenvolvimento. N dá pra comparar uma coisa com outra
que comentário desprezível, tenebroso e sem sentido volta para escola Gabriel seu cretino
Nunca vi uma diretoria do BC tão perdida como essa atual. Estão fazendo hoje, o que deveriam ter feito em janeiro ou fevereiro. Incompetentes. Mas que está preocupado com o Brasil?? Vão ter uma boquinha de diretor em bancos privados!!
índice futuro
A economia é dinâmica...bocó
Ué? O desgoverno não falava que era dólar alto e juros baixos? Os juros negativos de 4% não eram adequados? Tínhamos um dos menores juros reais do MUNDO! Em 12 meses passamos a ter um dos maiores juros reais do Mundo! Estão completamente perdidos. Pensando somente em offshore, reeleição e roubalheira.
O ideal é aumentar 0,25 na próxima
canalha safado, ignorante o ideal é 3% ou mais
o ideal seria aumentar 3% na próxima reunião, doa a quem doer
Se o governo ajudasse não atrapalhando tanto, certamente o aperto seria menor, em linha com os pares que sempre foram parecidos com o Brasil
A culpa é do estagiário do BC
os animais não entendem que o BC é independente
Governo dos estodos, né? Pq o Governo federal não fechou um botequim. A política do loucodown destruiu empregos e a segurança dos empresários.
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