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Prolongamento de política social temporária pode elevar risco e expectativa de inflação, diz BC

Publicado 09.08.2022, 08:20
Atualizado 09.08.2022, 11:45
© Reuters. Prédio do Banco Central, em Brasília
22/03/2022
REUTERS/Adriano Machado

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central avalia que o prolongamento de políticas temporárias de apoio à renda pode elevar prêmios de risco do país e as expectativas de inflação, conforme ata do Comitê de Política Monetária publicada nesta terça-feira, em cenário com promessas de candidatos à Presidência para manter o pagamento turbinado de benefícios sociais a partir de 2023.

De acordo com a autoridade monetária, há vários canais pelos quais a política fiscal pode afetar a inflação, incluindo seu efeito sobre a atividade, preços de ativos e expectativas de inflação.

"Políticas temporárias de apoio à renda devem trazer estímulo à demanda agregada e que o prolongamento de tais políticas pode elevar os prêmios de risco do país e as expectativas de inflação à medida que pressionam a demanda agregada e pioram a trajetória fiscal", disse.

Sob o argumento de ser necessário adotar medidas emergenciais após a guerra na Ucrânia, o governo liberou pagamentos por fora do teto de gastos para elevar em 50% o Auxílio Brasil e fazer repasses a caminhoneiros e taxistas, além de um incremento no auxílio gás.

Embora as medidas aprovadas tenham validade apenas até dezembro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líderes nas pesquisas de intenção de voto, já prometeram que manterão o Auxílio Brasil em 600 reais em 2023, se eleitos.

"Medidas de sustentação da demanda agregada, que serão implementadas no curto prazo, devem dificultar uma avaliação mais precisa sobre o estágio do ciclo econômico e dos impactos da política monetária", acrescentou o Copom na ata.

Segundo a autoridade monetária, a elevação das expectativas e das projeções de médio prazo se concentrou na inflação de preços administrados, em função do caráter temporário de algumas medidas tributárias. O corte de tributos federais sobre combustíveis em vigor no momento prevê vigência até dezembro.

2024 AO REDOR DA META

Após subir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual na semana passada, a 13,75% ao ano, e indicar que poderá encerrar o agressivo ciclo de aperto com um ajuste menor em setembro, o BC acrescentou nesta terça que avaliará se somente a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente longo assegurará o cumprimento de seu objetivo.

O tom é mais leve do que o comunicado da reunião anterior, quando o Bacen disse que apenas manter a Selic em patamar elevado por período longo não seria suficiente.

"O Comitê optou por sinalizar que avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, na próxima reunião, com o objetivo de trazer a inflação para o redor da meta no horizonte relevante", disse.

De acordo com o comunicado, a projeção da inflação de 12 meses no primeiro trimestre de 2024, que incorpora os efeitos dos cortes tributários implementados pelo governo e efeitos acumulados da manutenção da Selic em patamar elevado, é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. O BC ressaltou que a projeção para o ano fechado de 2024 também se encontra ao redor da meta.

No boletim Focus mais recente, publicado na segunda-feira, as projeções dos economistas apontam para IPCA de 7,11% no encerramento deste ano, de 5,36% em 2023 e de 3,3% em 2024. As estimativas do BC, apresentadas na semana passada, são mais baixas e apontam para alta de 6,8% em 2022, 4,6% em 2023 e 2,7% em 2024.

As metas de inflação são de 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,0% em 2024, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

RISCOS GLOBAIS

Na ata, o BC afirmou que a dinâmica inflacionária de curto prazo segue "desafiadora" e que suas projeções seguiram se deteriorando, ainda que o cenário esteja cercado de incertezas.

Em seu balanço de riscos, o Copom citou maior persistência das pressões globais e incerteza sobre o arcabouço fiscal como fatores que podem elevar os preços e as expectativas de inflação no país. No sentido oposto, mencionou uma reversão da alta das commodities e uma desaceleração da atividade mais forte do que a projetada.

Em relação ao cenário internacional, a ata apontou que o crescimento de grandes economias tem sido revisado para baixo, enquanto bancos centrais de países avançados e emergentes têm adotado postura mais contracionista em reação ao avanço da inflação.

© Reuters. Prédio do Banco Central, em Brasília
22/03/2022
REUTERS/Adriano Machado

O BC ressaltou que a guerra na Ucrânia adiciona incerteza sobre o cenário econômico europeu, enquanto a deterioração do setor imobiliário e a política de combate à Covid-19 impactam negativamente as perspectivas de crescimento chinesas.

A autoridade monetária avaliou que taxas de inflação de algumas economias avançadas sugerem pressões ainda fortes, mas já se observa uma normalização incipiente nas cadeias de suprimento e acomodação recente nos preços de commodities, o que pode moderar a inflação de bens. Por outro lado, afirmou que pressões no setor de serviços podem demorar a se dissipar.

No Brasil, o BC avaliou que indicadores seguem apontando para crescimento ao longo do segundo trimestre e retomada mais forte que o esperado do mercado de trabalho, com inflação ainda elevada, disseminada e persistente.

Últimos comentários

Presidente Bolsonaro e Ministro Paulo Guedes, os melhores do mundo!
Independente de quem é o presidente os gastos desenfreados resultam em inflação, que por sua vez gera a necessidade de uma SELIC elevada.
De populista em populista o rentista enche o bolso. Tiramos dos mais pobres, transformamos os juros em dólares e garantimos nossa aposentadoria. A escola e a saúde do brasileiro médio vai pro saco. E daí? Não sou pai de eleitor de populista! Bolsonaro e Lula, tanto faz.
Esse auxilio vai ser muito mais barato para o pais do que um eventual governo de esquerdistas corruptos. Tudo que essa turma toca vira cinzas e devastação.
BRASIL= Nova Cuba do Sul. BOZO = LULA = Ladrão Populista. Classe média sempre sustentando a roubalheira e populismo dos vagabundos de Brasília. BOZO=LULA=Ladrão Populista
é bem eu que passo o dia inteiro comentando os mesmos comentários em centenas de matérias, né militante. Procure um comentário repetido meu e me mostre aqui. Aqui no interior do RN a maioria não quer trabalhar de carteira assinada para não perder o Bolsa Família quando era 90 à 190,00 - imagina agora que é 400,00 - 600,00.
E vou parar aqui, porque só em olhar o seu nickname fake, me dar embrulho.
 Seu comentário acima fala exatamente o que eu penso!!!! Isso acontece no Interior de SP, ninguém quer assinar carteira pois vai perder os auxílios!!! . Não sei como consegue defender alguém que incentiva as pessoas a não trabalharem, aumentando o custo do empresário e reduzindo a produção do Brasil. O pior, isso tudo bancado com dinheiro da classe média, que realmente precisa trabalhar!!!! Esse é o  mesmo sistema de Cuba e Venezuela, populismo corrupto copiado por Bozo e LUla!!!
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