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Rajoy e Cameron expressam sintonia econômica e desacordo sobre Gibraltar

Publicado 21.02.2012, 17:38

Noelia López.

Londres, 21 fev (EFE).- O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, expressaram nesta terça-feira sua total sintonia em política econômica, com um apelo por reformas liberalizantes à União Europeia (UE), mas também constataram divergências em relação à soberania do território de Gibraltar.

Cameron recebeu pela primeira vez Rajoy em sua residência na Downing Street e, após um almoço de trabalho, ambos discursaram à imprensa para ressaltar as "magníficas" relações de dois países que agora compartilham governos de centro-direita.

O acordo foi total em política econômica, já que ambos, junto a outros dez países europeus, assinaram uma carta para que a UE aborde políticas que impulsionem o crescimento. No entanto, não teve êxito a proposta de Rajoy para que Madri e Londres retomem as negociações sobre Gibraltar, território ultramarino britânico localizado no sul da Espanha, que reivindica sua soberania.

"São os gibraltarinos que devem decidir seu futuro, e não falaremos de Gibraltar sem trabalhar com os gibraltarinos", manifestou Cameron, para deixar claro que a postura britânica não mudou e que não negociará bilateralmente com Madri sem levar em conta os habitantes da região.

Rajoy foi mais lacônico e se limitou a dizer que os ministros das Relações Exteriores continuarão em contato: "Temos posições diferentes, mas vamos continuar conversando no futuro".

Os chanceleres conversarão, principalmente, sobre a possibilidade de representantes do Campo de Gibraltar participarem do fórum de diálogo criado para melhorar a cooperação na região.

A Espanha deseja modificar o formato tripartite desse fórum criado em 2004 e, segundo disseram à Agência Efe fontes do governo espanhol, Londres não se fechou a esta pretensão e está agora à espera de uma proposta formal do Executivo de Rajoy.

À margem desta questão, os dois líderes destacaram a importância da carta que enviaram junto a outros parceiros da União Europeia (UE) aos presidentes do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, ante a cúpula do início de março, carta que não foi assinada nem por França nem por Alemanha.

Na opinião de Rajoy, a UE deve tomar consciência sobre a necessidade de atuar em quatro frentes diferentes simultaneamente: disciplina orçamentária com cortes e ajustes; reformas para estabelecer as bases do crescimento; medidas monetárias do Banco Central Europeu; e mudanças estruturais em toda a UE.

Sem questionar as políticas de austeridade, Cameron e Rajoy defenderam o início de planos de inovação e medidas liberalizantes para completar o mercado único em matéria digital, de serviços e energia.

Para o presidente do governo, mais de cinco décadas depois do início da construção europeia, é preciso impulsionar um "ambicioso" projeto de reformas "com determinação e coragem para colocá-las em andamento, e não só para debater".

Cameron destacou também os importantes laços empresariais com a Espanha e, como exemplo, elogiou a participação da companhia espanhola Ferrovial no Crossrail, o novo trem regional londrino que se transformou no maior projeto de infraestrutura em execução na Europa, orçado em 18,28 bilhões de euros.

Eles visitaram as obras juntos, das quais também participam as empresas ACS e FCC através da filial Alpine.

A última reunião de Rajoy em sua primeira visita a Londres como presidente do governo foi com o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg.

Segundo fontes da delegação espanhola, Clegg se mostrou impressionado pelo ritmo dos ajustes e das reformas na Espanha e qualificou de "corajoso" o projeto para mudar as regras do mercado de trabalho.

Rajoy reconheceu que não dará frutos de forma imediata e disse também que, apesar das pretensões dos sindicatos, não haverá mudanças substanciais na norma porque, segundo ele, "não seria bom para a Espanha". EFE

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