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Selic maior pode elevar dívida pública em R$ 100 bilhões

Publicado 03.04.2021, 05:00
Atualizado 04.04.2021, 09:24
© Reuters.  Selic maior pode elevar dívida em R$ 100 bi

A alta dos juros para conter a escalada da inflação em 2021 terá impacto também na dívida pública, que fechou em 90% do PIB em fevereiro. Considerando a atual composição dos títulos no estoque da dívida, a elevação da taxa básica de juros, a Selic, pode levar a um aumento de cerca de R$ 100 bilhões no endividamento público até o fim deste ano, segundo cálculos do economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito.

Ele faz a ressalva de que o Tesouro pode optar por mudanças na estratégia de emissões de papéis para suavizar o impacto nos próximos meses. A dívida pública é emitida para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.

"Esse aumento dos juros no Brasil, sem dúvida, vai trazer um custo financeiro para o Estado, e não tem como pensar diferente. Mas o que estamos comprando com esse custo é uma forma de evitar que a estrutura de preços no Brasil se degringole, o que teria um custo ainda maior", diz Perfeito.

A maior parte dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar o endividamento público remunera os investidores com base na Selic e na variação do índice oficial de inflação (IPCA). Do estoque total de R$ 5,198 trilhões em papéis nas mãos dos investidores no fim de fevereiro, quase 35% eram corrigidos pela Selic e outros 26% pela inflação.

Neste contexto, de acordo com o Banco Central, para cada 1 ponto porcentual de aumento na Selic mantido por 12 meses, há um acréscimo de 0,42 ponto porcentual na dívida bruta, ou R$ 31,4 bilhões em valores nominais. Para cada 1 ponto porcentual de aumento na inflação pelo mesmo período, a dívida cresce 0,16 ponto, o que equivale a R$ 11,8 bilhões.

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O problema para o governo é que as expectativas tanto para a alta de preços em 2021 quanto para o patamar da Selic ao fim deste ano vêm sendo reajustadas para cima semanalmente pelo mercado.

No fim de janeiro, quando o Tesouro divulgou o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2021, as projeções dos analistas ouvidos pelo BC no Relatório Focus apontavam para um IPCA acumulado de 3,50% neste ano, com uma taxa básica de juros também de 3,50% ao fim de dezembro. Agora, dois meses depois, o mercado já espera uma inflação bem superior, de 4,81%. E o próprio BC já coloca o IPCA em 5,0% ao fim do ano.

Embora reconheça o impacto da escalada dos juros e da inflação no endividamento brasileiro, o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, José Franco de Morais, explica que esse efeito não significa necessariamente um aumento da despesa de curto prazo do órgão, já que a maior parte dos papéis remunerados pela Selic não paga cupons semestrais aos investidores.

Atualmente, o Tesouro emite títulos corrigidos pela Selic com prazos de vencimento de 1 e 7 anos, que carregam a Selic média deste período. "A manutenção da inflação sob controle é a principal política que o BC pode fazer para auxiliar a gestão da dívida pública."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Quando foi que a divida publica não flutuou com a variação da Selic?De quanto foi a redução da velocidade de crescimento da divida desde que as taxas começaram a cair?Jornaleco ideológico!!
"Controle" ou coisa difícil de se ver no Brasil. O Fato é que a credibilidade do país nunca foi das melhores e ultimamente então. Como comparar com Japão, Europa, etc, mas para muitos talvez a solução seja matar metade da população, de os não esclarecidos, e expulsar a outra metade para Cuba.
O STF do Japão não tem 2000 funcionários e auxilio alimentação para 11 ministros de 12 milhões...Como controlar um país com um funcionalismo publico deste tipo....
kkkkkk pura futurologia sao tantas as variáveis para que isso não aconteça. No mundo só se fala na dívida do Brasil que tá em 90% Japão 220 % DO PIB Europa com raras exceções acima de 130 % do PIB.A economia Brasileira ninguém segura 1 milhão de novas empresas criadas Brasil criou 400 mil empregos em Fevereiro.Ta na hora de pararmos de procurar chifre em cabeça de Porco.Quem fica dentro dos escritórios não pesquisa no campo não sabe que a vontade do povo trabalhar superará tudo quem apostar contar o Brasil vai perder.
Se controlar o gasto não vai precisar se preocupar com o título atrelado à Selic, simples.
Enquanto não pararem com essa politica de nepotismo e favorecimento de partidos esse país nunca vai parar de patinar nas suas próprias pernas... Que alguém tenha a coragem de mudar o sistema politíco brasileiro...
concordo e o governo deveria dar o exemplo. assim como todos os poderes
Com selic a 2%(no chão), a dívida pública caiu quantos% ?
reportagens assim eles não colocam .
pois é!!! O governo economizou quanto com Selic baixa???? O fumo tá nos preços para o brasileiro, mas para governo tá de boa.
 É sempre assim, a conta quem paga somos nós!
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