Investing.com – Com a divulgação de dados das finanças públicas na manhã desta sexta-feira, 31, o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) apontou em relatório divulgado aos clientes e ao mercado que espera que o setor público consolidado volte ao déficit fiscal primário em 2023 e que a dinâmica da dívida bruta retome uma trajetória ascendente.
De acordo com Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, tendo em vista que o déficit fiscal do setor público foi impulsionado pelo governo central, a tendência é de que a postura fiscal deva suavizar neste ano. “Durante 2021 e 2022, as contas orçamentais e a relação dívida/PIB se beneficiaram de uma gestão rigorosa das despesas públicas, mas também da aceleração da inflação e do crescimento nominal do PIB e de termos de troca mais firmes”, ressalta Ramos.
Conforme o relatório, o setor público consolidado apresentou um déficit de R$ 26,5 bilhões em fevereiro, revertendo superávit de R$ 3,5 bilhões no ano anterior.
Além disso, também segundo o documento, enquanto o governo central teve um déficit de R$ 39,2 bilhões, os estados e municípios apresentaram um superávit de R$ 11,8 bilhões. Já as estatais apresentaram um superávit de R$ 0,9 bilhão.