SAN FRANCISCO, Estados Unidos (Reuters) - Os avanços na tecnologia de mapeamento do Google e do Facebook que permitem dados mais precisos sobre a localização dos usuários estão começando a reduzir o ceticismo de longa data dos anunciantes com relação à publicidade voltada a dispositivos móveis.
Nos últimos anos, grandes varejistas restringiram os investimentos em publicidade "móvel" a 10 por cento ou menos de seus orçamentos por causa da dificuldade em medir sua eficácia e a habilidade limitada de marcarem os consumidores por sua localização.
Mas para o Facebook e o Google, há sinais iniciais de que a nova tecnologia está se pagando.
Seis executivos de empresas de publicidade disseram à Reuters em entrevistas que seus clientes têm investido significativamente mais desde o final do ano passado em anúncios para dispositivos móveis como resultado das novas tecnologias de localização. Os executivos são responsáveis por mais de 50 clientes de publicidade.
Eles disseram ainda que alguns grandes varejistas, que não foram nomeados, chegaram a investir mais de 40 por cento de seus orçamentos publicitários nestes anúncios, quatro vezes mais que no ano passado.
Porém, defensores do direito à privacidade afirmam que o rastreamento dos usuários e o direcionamento de anúncios a seus dispositivos representam práticas intrusivas que dão às companhias mais capacidade de acompanhar os movimentos dos usuários ao longo do tempo.
"É injusto as empresas puxarem dados dos usuários desta maneira", disse Marc Rotenberg, presidente do Centro de Privacidade de Informação Eletrônica.
Respondendo a essas preocupações, o Facebook disse que adota medidas de proteção quando marca os usuários para garantir que seus dados de localização não sejam mal utilizados, já o Google não quis fazer comentários sobre o assunto.