Tarifas pesam e indústria do Brasil tem 7º mês seguido de contração em novembro, mostra PMI

Publicado 01.12.2025, 10:03
Atualizado 01.12.2025, 10:07
© Reuters.

Por Camila Moreira

SÃO PAULO, 1 Dez (Reuters) - As tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros continuaram pesando sobre a indústria nacional em novembro e afetaram o ritmo de vendas, o que contribuiu para que o setor registrasse contração pelo sétimo mês seguido, ainda que em ritmo mais fraco, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) nesta segunda-feira.

O PMI, compilado pela S&P Global, avançou a 48,8 em novembro, de 48,2 em outubro, chegando ao nível mais alto desde maio mas ainda abaixo da marca de 50 que separa contração de crescimento.

Em meio a condições difíceis de demanda, a taxa geral de redução das novas encomendas em novembro foi mais forte do que em outubro, com as vendas internacionais diminuindo no ritmo mais forte desde junho. Os participantes da pesquisa citaram as tarifas como fator, especificamente suspensões de pedidos provenientes dos EUA.

A diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima, destacou em nota que a maior parte dos dados foi coletada antes do anúncio pelos EUA em 20 de novembro de remoção da tarifa de 40% sobre produtos alimentícios como carne bovina, café, cacau e frutas.

As quedas contínuas dos novos negócios continuaram a afetar os volumes de produção em novembro, que diminuíram pelo sétimo mês consecutivo.

Esse cenário, associado a condições competitivas e queda nos custos de insumos, levou a nova redução nos preços cobrados por bens, a mais forte desde agosto de 2023.

As empresas indicaram a segunda queda nos preços dos insumos em mais de dois anos, citando movimentos cambiais mais favoráveis e demanda global contida.

Houve apenas sinais tímidos de melhora no emprego na indústria brasileira, após queda em outubro, com 7% das empresas contratando pessoal extra, enquanto 86% mantiveram o número de funcionários.

O otimismo das empresas, por sua vez, fortaleceu-se em relação a outubro, com expectativas crescentes de resolução para as tarifas impostas pelos EUA e cortes na taxa de juros --a taxa básica Selic está atualmente em 15% e a perspectiva é de que seja mantida nesse nível em dezembro. As empresas também esperam que o investimento em lançamentos de novos produtos apoie o crescimento da produção no próximo ano.

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