Washington, 24 set (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) se comprometeu neste sábado a "atuar decisivamente" para enfrentar os desafios econômicos mundiais e garantiu que "os países da eurozona farão o necessário" para assegurar a estabilidade financeira.
"Estamos encorajados pela determinação de nossos colegas da zona do euro para fazer tudo que seja necessário para resolver a crise europeia", afirmou o comunicado de conclusão da reunião dos membros do Comitê Financeiro e Monetário Internacional do FMI.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, ressaltou em entrevista coletiva que durante a reunião do Comitê houve um "reconhecimento comum e um sentimento partilhado da urgência da atuação coletiva" para sair da crise.
Lagarde, após sua primeira reunião como diretora-gerente do FMI, declarou que "estamos na metade do caminho" após as medidas tomadas pelos países afetados, mas "precisamos continuar avançando" agora que estamos "em uma fase crítica".
As dúvidas geradas pela crise de dívida e a instabilidade financeira na zona do euro monopolizaram as reuniões e conversas dentro dos encontros anuais do FMI e do Banco Mundial em Washington.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, pediu aos líderes europeus que detenham urgentemente "a ameaça de uma cascata de quebras bancárias" e evitem "maiores contágios".
Neste sentido, a nota do FMI, em sintonia com o Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes), ressaltou a importância dos acordos do dia 21 de julho na Cúpula Europeia que tiveram como resultado a criação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) para garantir e fortalecer a capacidade de resposta na Europa.
"A consolidação dos acordos de julho aumentará a flexibilidade do FEEF, maximizará seu impacto, e melhorará a governabilidade e a gestão da crise na zona do euro", assinalou o organismo multilateral.
Igualmente, Olli Rehn, comissário europeu, se mostrou confiante "que todos os membros da zona terão ratificado o acordo até o final de setembro".
Por sua parte, o presidente do Comitê do FMI e ministro das Finanças de Cingapura, Tharman Shanmugaratnam, declarou que "o epicentro da crise atual está na Europa, mas existem debilidades no mundo todo que devem ser encaradas para que não sejam contagiadas", daí a necessidade da ação "coletiva". EFE