CAIRO (Reuters) - Um tribunal egípcio condenou à prisão nesta terça-feira 68 partidários da Irmandade Muçulmana, disseram fontes do Judiciário, num caso relacionado com a violência ocorrida um ano atrás, depois que o Exército depôs o presidente islamita Mohamed Mursi.
Todos foram considerados culpados de matar 30 pessoas e de ter a intenção de matar outras, no Cairo, em 6 de outubro de 2013, quando mais de 50 pessoas morreram em confrontos entre opositores e simpatizantes Mursi em todo o país.
O juiz Mohamed Ali Al-Faqi deu a 63 réus penas de 15 anos de prisão e a outros cinco, de 10 anos.
Grupos internacionais e egípcios pró-direitos humanos vêm expressando preocupação com a repressão cada vez maior das autoridades aos opositores do regime desde que o ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi tomou o poder em julho de 2013.
Milhares de simpatizantes da Irmandade estão na prisão e a repressão estatal durante o ano passado aumentou e alcançou ativistas liberais e seculares que desempenharam um papel de destaque durante o levante que derrubou o presidente Hosni Mubarak em 2011.
(Reportagem de Maggie Fick)