Bruxelas, 9 fev (EFE).- O Eurogrupo, conjunto de ministros de Finanças da zona do euro, adiou nesta quinta-feira seu aval ao plano de resgate à Grécia por considerar que ainda faltam elementos para o acordo, e pediu a Atenas cortes de 325 milhões de euros em gastos públicos neste ano para garantir o cumprimento da meta de déficit.
"Não dispomos ainda de todos os elementos necessários para tomar uma decisão hoje", declarou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ao término da reunião.
Ele explicou que os parceiros europeus "reconhecem o esforço significativo dos cidadãos gregos", mas ressaltou a necessidade de esforços adicionais para retomar o crescimento econômico.
O presidente do Eurogrupo afirmou que o Parlamento grego deverá aprovar já neste domingo o plano de reformas estipulado entre o governo e o grupo de entidades credoras conhecido como "troika" - Banco Central Europeu (BCE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) - como condição para liberar os empréstimos.
Em sua opinião, as forças políticas da coalizão de governo na Grécia deverão também mostrar vontade política firme para a aplicação do programa de reformas.
Juncker, que é primeiro-ministro de Luxemburgo, disse acreditar que Atenas anuncie até a próxima quarta-feira quais serão os cortes adicionais da despesa estrutural para esses 325 milhões de euros. "É uma condição imprescindível para que se possa continuar avançando". EFE