DIYARBAKIR, Turquia (Reuters) - Curdos turcos se reuniram neste sábado para lamentar e protestar contra no local de explosões de bombas que mataram duas pessoas e feriram mais de 200 em um comício eleitoral, com muitos expressando raiva contra o presidente Tayyip Erdogan um dia antes de eleições parlamentares.
As duas explosões, que Erdogan denominou como uma "provocação" designada para minar a eleição de domingo, atingiram um comício do pró-curdo Partido Democrático do Povo (HDP) em Diyarbakir, maior cidade no sudeste turco, com maioria curda.
Esferas, pregos e outras partes metálicas foram reunidas como evidências, mas nenhum suspeito foi identificado, disseram fontes de segurança à Reuters.
Fontes do hospital afirmaram que mais de 200 pessoas buscaram tratamento. Um grupo político curdo disse que mais de 300 pessoas ficaram feridas.
Aos gritos de "Erdogan assassino", centenas de pessoas marcharam atrás de uma faixa declarando "paz, apesar de tudo" para o local, onde colocaram cravos vermelhos, segundo uma testemunha.
Erdogan, o político mais popular na Turquia, acusado de tendências autoritárias por seus opositores, busca uma larga maioria para o partido governante AK para lhe conceder poderes mais amplos.
No entanto, se o HDP obtiver 10 por cento para entrar no Parlamento isso pode atrapalhar suas ambições.
Centenas seguiram um comboio de carros em direção ao funeral de um garoto de 16 anos. Espectadores faziam o sinal da vitória e gritavam "mártires não morrem" e "AKP você vai pagar por isso".
(Por Humeyra Pamuk e Seyhmus Cakan)