BERLIM (Reuters) - O painel de assessores econômicos do governo alemão elevou ligeiramente a previsão de crescimento para a maior economia da Europa nesta quarta-feira, mas alertou que uma espiral de medidas protecionistas poderia prejudicar o avanço econômico.
Os cinco economistas que aconselham o governo alemão disseram esperar que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,3 por cento este ano, alta de 0,1 ponto percentual em relação à previsão de novembro.
Para 2019, eles prevêem um crescimento econômico de 1,8 por cento.
O instituto econômico Ifo foi ainda mais otimista, com seus pesquisadores confirmando suas previsões - originalmente feitas em dezembro - de 2,6 por cento para o crescimento alemão este ano e 2,1 por cento em 2019.
"Grandes reduções tributárias nos EUA e o forte avanço econômico na zona do euro estão impulsionando a demanda por bens e serviços alemães", disse Ifo nesta quarta-feira.
O painel de assessores econômicos disse que o comércio desempenharia um papel ligeiramente maior como motor de crescimento do que o esperado anteriormente devido a uma economia mundial em expansão. A política monetária frouxa do Banco Central Europeu e os planos do governo alemão para aumentar os gastos do Estado proporcionam estímulos adicionais, acrescentaram.
Mas os assessores também advertiram que a economia alemã estava enfrentando riscos elevados do exterior, incluindo o resultado das eleições italianas, a incerteza quanto ao resultado das negociações sobre o iminente desembarque do Reino Unido da União Europeia e as tarifas de importação dos EUA.
"Uma espiral de medidas protecionistas teria um claro impacto negativo na economia global e na economia alemã", disseram.
No front doméstico, as empresas alemãs enfrentam maiores restrições de capacidade e a escassez de mão-de-obra provavelmente limitará o crescimento futuro, segundo o painel.
(Por Michael Nienaber e Michelle Martin)