Por Aaron Ross
KINSHASA (Reuters) - Ao menos 12 pessoas foram mortas no nordeste da República Democrática do Congo durante trocas de tiros intensas entre o Exército e milicianos nesta quinta-feira, e vários estudantes que realizavam provas ficaram feridos em uma explosão em uma escola, disseram ativistas locais.
Os combates entre o Exército congolês e o que se acredita ser uma nova coalizão de grupos armados, o Movimento Nacional de Revolucionários (MNR), dentro e nos arredores da cidade de Beni, mataram ao menos oito milicianos e quatro soldados, segundo o ativista Teddy Kataliko.
Os confrontos, alguns dos quais ocorreram perto da prefeitura, irromperam no início da manhã desta quinta-feira, mas até o meio da tarde o Exército havia repelido as milícias, acrescentou.
Gilbert Kambale, outro ativista local, disse à Reuters que ao menos 13 milicianos e três soldados morreram nos embates desta quinta-feira.
Não foi possível obter comentários do prefeito e de um porta-voz local do Exército de imediato na tarde local desta quinta-feira.
Os confrontos aconteceram na esteira da fuga de mais de 900 detentos, muitos deles supostos milicianos, da principal prisão de Beni neste mês – uma de uma série de grandes fugas de prisões que minaram a segurança do Congo desde que o presidente Joseph Kabila se recusou a sair ao final de seu mandato constitucional em dezembro.
A degradação da segurança na vasta nação do centro da África despertou temores de um retorno das guerras civis da virada do século que mataram milhões, muitos de fome e doenças, e afetaram mais de meia dúzia de países vizinhos.
O leste do Congo abriga dezenas de grupos armados que vitimam os locais e exploram reservas minerais.