Câmara dos EUA aprova projeto para encerrar o mais longo shutdown do governo

Publicado 12.11.2025, 22:40
© Reuters.

Investing.com- A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na noite de quarta-feira um projeto de lei destinado a desbloquear o financiamento e encerrar o mais longo shutdown governamental da história, com o presidente Donald Trump pronto para assinar a medida e transformá-la em lei.

O projeto – que manterá o governo financiado até pelo menos 30 de janeiro, foi aprovado por 222 votos a 209, com 216 republicanos e seis democratas votando a favor da medida.

O projeto foi quase unanimemente rejeitado pela minoria democrata na Câmara.

O projeto agora seguirá para a mesa do presidente Trump para ser sancionado, com a Casa Branca afirmando que Trump assinará o projeto às 21:45 (02:45 no horário de Brasília).

A votação de quarta-feira ocorre depois que oito senadores democratas cruzaram as linhas partidárias no início desta semana e ajudaram o projeto de financiamento a obter aprovação na câmara alta do Congresso.

A aprovação do projeto ocorreu poucas horas antes de o shutdown entrar em seu 43º dia consecutivo. O fechamento é, de longe, o mais longo shutdown da história dos EUA, tendo superado facilmente os 35 dias de paralisação vistos durante o primeiro mandato de Trump, no final de 2018-2019.

Os democratas se opuseram em grande parte ao projeto para reabrir o governo, citando preocupações sobre a remoção de certos subsídios do Affordable Care que agora resultarão em custos de saúde muito mais altos para quase 10 milhões de americanos.

O shutdown provocou amplas interrupções nos serviços federais, mais notáveis no tráfego aéreo e na segurança de viagens, o que, por sua vez, levou ao cancelamento de milhares de voos em todo o país. O secretário de Transporte, Sean Duffy, havia alertado que o shutdown poderia interromper as viagens importantes do feriado de Ação de Graças.

Relatórios recentes indicaram que o shutdown estava custando à economia dos EUA entre US$ 10 bilhões e US$ 30 bilhões por semana, e também poderia eliminar até 2% do produto interno bruto nacional.

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