A Black Friday chegou! Não perca até 60% de DESCONTO InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Desemprego se agravou na Eurozona e pode piorar ainda mais, alerta OIT

Publicado 10.07.2012, 20:11
Atualizado 10.07.2012, 20:35

Genebra, 11 jul (EFE).- Desde o início do ano, a situação do emprego se agravou em metade dos países da zona do euro e pode piorar ainda mais, com uma perda adicional de 4,5 milhões de postos de trabalho até 2016, disse nesta terça-feira a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

"O número de desempregados na Eurozona pode alcançar os 22 milhões nos próximos quatro anos, em comparação com os 17,4 milhões na atualidade", advertiu o diretor-geral da agência, Juan Somavía.

O diretor-geral previu que se as "políticas não mudarem e não surgir um enfoque equilibrado" a crise do emprego transbordará as fronteiras da União Europeia para ameaçar a economia mundial.

Somavía se referia à posição defendida pela OIT nos últimos anos de que a austeridade fiscal não é suficiente para tirar a zona do euro da crise e que são necessários estímulos concretos à economia real e ao emprego.

Por sua parte, o diretor do Instituto Internacional de Estudos Trabalhistas (IIEL), Raymond Torres, disse que se a previsão de mais 4,5 milhões de desempregados for concretizada, os mais afetados seriam "alguns dos países onde o desemprego se mantém por enquanto relativamente baixo, como França e Itália".

A situação se alastraria e não se limitaria, como aconteceu até agora, "a países como Espanha, Grécia e Portugal, onde a crise se traduziu quase que inteiramente na perda de empregos", disse.

"A Espanha foi o país onde a queda do emprego ocorreu mais rápida e de maneira mais profunda, mas o ajuste em termos de contração do mercado de trabalho para responder ao desaquecimento da economia se completou", explicou Vicenzo Spieza, analista do IIEL, o braço acadêmico da OIT.

Isto significa que "na projeção de perda de 4,5 milhões de empregos, a Espanha seria o país que perderia menos", afirmou.

Segundo os analistas do IIEL, as empresas localizadas nos países que utilizam a moeda única estão chegando ao limite de sua capacidade de manter os postos de trabalho, uma opção que muitas companhias escolheram -em algumas ocasiões ajudadas por subsídios públicos- com a esperança de que a crise não se prolongasse demais.

"No entanto, as empresas terão que reconsiderar sua estratégia para manter sua competitividade", disse Torres em entrevista coletiva em Genebra para apresentar o relatório sobre a situação do emprego na zona do euro.

Entre os fatores que dificultam uma recuperação do mercado de trabalho, Torres citou as limitações das pequenas e médias empresas para obter crédito e salários que nos últimos dez anos se mantiveram defasados em muitos países com relação ao aumento da produtividade.

Comparado com os níveis prévios à crise (antes de 2008), observa-se que atualmente existem 3,5 milhões a menos de empregos e um total de 17,4 milhões de pessoas buscam trabalho nos dezessete países do euro, onde o nível médio de desemprego é de 11%.

A falta de oportunidades de trabalho para os jovens preocupa a OIT, pois este grupo exibe uma taxa de desemprego acima de 22%. Na Eslováquia, Itália e Portugal a taxa supera 30%, e na Grécia e Espanha, está acima de 50%.

Ao criticar a maneira como os governos europeus enfrentam a crise, a OIT lembrou que treze países aplicaram reformas para flexibilizar seus mercados de trabalho, em geral para simplificar as demissões, e adiantou que o mais provável é que o resultado seja mais demissões, sem nenhum efeito positivo na geração de emprego.

Por outro lado, Torres defendeu os programas públicos de apoio à contratação de jovens, que custariam 0,5% do total do gasto público dos países do euro, cerca de 21 bilhões de euros.

"É uma fração dos 120 bilhões ou 130 bilhões de euros que custaria o pacote para estimular o crescimento e o emprego que se discute na União Europeia", mencionou. EFE

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.