SÃO PAULO (Reuters) - O setor de veículos do Brasil voltou a mostrar baixa de vendas em abril e concessionários reduziram ainda mais suas estimativas já negativas para o ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela associação de distribuidores, Fenabrave.
As vendas de veículos novos --carros, comerciais leves, caminhões e ônibus-- caíram em abril nas comparações mensal e anual em todos os segmentos. No total, a queda contra março foi de 6,53 por cento, enquanto na comparação com abril do ano passado houve tombo de 25,19 por cento, a 219.350 unidades.
Com isso, no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, os licenciamentos de veículos novos mostram baixa de 19,19 por cento, a 893.752 unidades, segundo os dados da Fenabrave.
O desempenho fez a entidade cortar mais uma vez suas expectativas para o setor este ano. A projeção para vendas de carros e comerciais leves em 2015 passou de queda de 10 por cento divulgada em março para recuo de 18 por cento, a 2,73 milhões de unidades. Já a estimativa para caminhões e ônibus foi piorada de baixa de 10,12 por cento para queda de 37,21 por cento, a 106.177 unidades.
Apenas considerando o segmento de caminhões, considerado uma espécie de termômetro do investimento no país, a Fenabrave espera queda de 41 por cento nas vendas de novos em 2015, a 80.864 unidades. Em abril, os licenciamentos do segmento tombaram 46,71 por cento sobre o mesmo mês de 2014, para 5.806 unidades, acumulando no ano baixa de 38,95 por cento, a 25.157 caminhões novos.
No ranking de automóveis e comerciais leves, a Fiat teve vendas de 37.792 unidades em abril, uma fatia de 34,94 por cento do total licenciado no segmento. General Motors (NYSE:GM) vendeu 34.100 unidades, numa fatia de 31,53 por cento.
A Volkswagen, que na véspera paralisou por 10 dias a produção de sua fábrica Anchieta, na região metropolitana de São Paulo, ao conceder férias coletivas para 8 mil de 13 mil trabalhadores, aparece em terceiro, com vendas de 31.144 unidades. Na sequência, Ford teve licenciamentos de 23.253 automóveis e comerciais leves e Hyundai 17.040.
(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Luciana Bruno)