Investing.com - Mercados financeiros do mundo todo se concentrarão na esperada reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo na próxima quinta-feira para ver se os maiores produtores têm planos de estender seu acordo atual de cortes na produção.
Enquanto isso, investidores aguardam as atas da última reunião de política monetária do Federal Reserve, previstas para quarta-feira, na busca de mais indicações do momento da próxima elevação da taxa de juros dos EUA.
Além disso, agentes do mercado estarão atentos à leitura revista dos dados sobre o crescimento dos EUA no primeiro trimestre para avaliar a força da maior economia do mundo.
Do outro lado do Atlântico, no Reino Unido, investidores aguardam uma segunda leitura dos dados sobre o crescimento britânico na busca de mais indicações a respeito do efeito contínuo que a decisão do Brexit está tendo na economia.
Na zona do euro, participantes do mercado aguardam dados sobre a atividade empresarial na zona do euro para obterem mais sinais da força da economia da região e indicações de quando o Banco Central Europeu começará a reduzir seu programa de estímulo.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com os cinco maiores eventos do calendário econômico com grandes chances de afetar os mercados.
1. Reunião da OPEP
Ministros do petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros importantes produtores se reunirão em Viena na próxima quinta-feira para decidir se estendem seu acordo atual sobre a produção para além do prazo de encerramento em 30 de junho.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre 1.º de janeiro e 30 de junho.
A maioria dos analistas de mercado espera que o cartel petrolífero estenda os cortes na produção por mais nove meses até março de 2018, em vez de seis meses conforme se esperava previamente.
Há também rumores de que a OPEP estaria analisando a opção de cortes na produção mais profundos do que os atuais, mas não está claro se haveria apoio para isso.
Até o momento, o acordo de cortes na produção teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA e aumento do suprimento de produtores que não participam do acordo, como a Líbia.
2. Atas da Reunião do Fed
O Federal Reserve divulgará nesta quarta-feira, às 15h em horário de Brasília, as atas de sua mais recente reunião de política monetária. Além disso, alguns dirigentes do Fed devem fazer aparições públicas esta semana que pode fornecer indicações sobre a probabilidade de taxas de juros maiores nos próximos meses.
Nesta segunda-feira, Neel Kashkari, presidente do Fed de Mineápolis, Patrick Harker, presidente do Fed de Filadélfia, Lael Brainard, dirigente do Federal Reserve, e Charles Evans, presidente do Fed de Chicago farão aparições públicas.
Kashkari e Harker farão observações novamente na terça-feira.
Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas, está na pauta de quarta-feira.
Finalmente, na quinta-feira, Brainard e James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, deverão fazer seus comentários públicos.
O banco central norte-americano deixou as taxas de juros inalteradas após sua reunião em 3 de maio e forneceu uma avaliação positiva da economia norte-americana, sugerindo estar no caminho de mais dois aumentos dos juros este ano.
Entretanto, uma série recente de dados econômicos norte-americanos decepcionantes que se somam a sinais de agravamento da crise política na Casa Branca levaram investidores a baixarem suas expectativas de taxas de juros maiores nos próximos meses.
Operadores de futuros apostam em cerca de 70% de chances de aumento da taxa de juros em junho na reunião do Fed, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
3. Dados revistos do crescimento dos EUA no primeiro trimestre
Os EUA devem divulgar os números revistos do crescimento econômico do primeiro trimestre às 9h30(horário de Brasília) desta sexta-feira. Espera-se que os dados mostrem que a economia tenha crescido em taxa anual de 0,9% nos três primeiros meses do ano, uma revisão para cima a partir da estimativa preliminar de 0,7%.
Além do relatório do PIB, o calendário desta semana também terá dados norte-americanos sobre vendas de imóveis novos, vendas de imóveis usados, pedidos semanais de seguro-desemprego, percepção do consumidor e pedidos de bens duráveis.
Investidores provavelmente continuarão a se preocupar com as últimas manchetes de Washington para quaisquer novas consequência da investigação sobre a campanha de Trump.
A crise que se agrava em torno da administração Trump intensificou as dúvidas sobre a capacidade do presidente impor suas promessas de campanha de cortes nos impostos, desregulamentação e estímulo fiscal.
4. PIB do Reino Unido no primeiro trimestre - segunda estimativa
O Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) deve divulgar a segunda estimativa do crescimento econômico do Reino Unido no primeiro trimestre às 5h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira.
As projeções para o relatório são de confirmação de crescimento de 0,3% da economia no trimestre entre janeiro e março, ressaltando preocupações de que a economia britânica estaria desacelerando no momento de preparação par ao início das negociações para deixar a União Europeia.
Em comparação ao ano anterior, a projeção de crescimento da economia é de 2,1%, também sem alteração a partir da estimativa inicial.
Além disso, investidores estarão atentos ao Relatório de Inflação do Banco da Inglaterra, previsto para terça-feira.
Dados recentes apontaram sinais de que a inflação em alta, que se deve em parte à queda da libra após o plebiscito do Brexit, estaria reduzindo os gastos dos consumidores, o principal motor da economia, com o início das negociações do divórcio do país com a União Europeia
5. PMI da zona do euro em Maio
A zona do euro deve publicar dados preliminares sobre a atividade nos setores da indústria e de serviços em maio às 5h00 (horário de Brasília) desta terça-feira, em meio a expectativas de uma redução modesta.
Antes dos PMIs da zona do euro, França e Alemanha divulgarão seus próprios relatório de PMI às 4h00 e 4h30 respectivamente, em horário de Brasília.
De acordo com a maioria dos especialistas de mercado, o Banco Central Europeu provavelmente sinalizará um movimento de retirada de sua política monetária acomodatícia até setembro conforme o desempenho econômico melhore e os riscos políticos regridam.
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