Juro da dívida bate recorde e deficit nominal supera R$ 1 trilhão
Investing.com - A crescente presença da China na América Latina está reavivando os temores dos EUA de perder influência em seu quintal ao sul. Mas apesar do aumento dos vínculos comerciais e de investimento, especialistas afirmam que Pequim está longe de ser a potência regional que frequentemente se retrata.
A China tornou-se um grande comprador de commodities latino-americanas, principalmente minério de ferro, cobre, soja e petróleo, além de ser um exportador-chave de produtos manufaturados. No entanto, os Estados Unidos ainda dominam a economia da região.
Por exemplo, o México e a América Central dependem fortemente da demanda dos EUA e devem se alinhar aos esforços de Washington para limitar investimentos e importações chinesas.
Os investimentos da China, com média superior a US$ 10 bilhões anuais desde 2010, concentraram-se em mineração, energia, automóveis e telecomunicações, às vezes desencadeando preocupações de segurança nos EUA.
Empresas ligadas a Pequim controlam ou operam portos no Peru, Brasil e Jamaica, e construíram instalações de rastreamento espacial em toda a América do Sul. Washington teme que esses projetos, embora nominalmente civis, possam servir a propósitos militares.
A administração do presidente Trump reviveu uma mentalidade de "Doutrina Monroe", intensificando o escrutínio sobre o envolvimento chinês e considerando tarifas sobre mercadorias de portos operados por chineses.
O México já impôs tarifas sobre importações chinesas, buscando manter-se nas boas graças de Washington e atrair investimentos de nearshoring.
As economias da América do Sul, fortemente baseadas em commodities, por outro lado, dificilmente tomarão partido. Sua dependência da demanda chinesa significa que continuarão cortejando Pequim mesmo enquanto buscam investimentos dos EUA. Líderes como Javier Milei da Argentina e Lula da Silva do Brasil moderaram a retórica para refletir a realidade econômica.
Analistas da Capital Economics afirmam que o resultado será uma região dividida, com a América Central sendo atraída mais profundamente para a órbita dos EUA, enquanto a América do Sul se equilibra entre as duas potências.
Mas à medida que a competição se intensifica por minerais, tecnologia e portos, a tentativa da América Latina de equilibrar-se entre as duas superpotências definirá seu caminho econômico nos próximos anos.
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