Investing.com - O petróleo segue sua trajetória de alta após o fracasso da reunião de Doha, que tinha como o objetivo definir medidas para estabilizar o mercado da commodity. Os contratos futuros do barril são negociados nos EUA a US$ 42,49 (+3,1%), máxima desde a última reunião da Opep em novembro de 2015. O Brent sobe 2,7% para US$ 44,06.
O movimento de alta não previsto surpreendeu parte dos analistas que apostavam em uma queda da cotação com o fracasso da reunião. A expectativa majoritária era de que os países produtores, capitaneados pela Rússia e a Arábia Saudita, firmasse acordo para congelar a produção nos níveis de janeiro. O reino, contudo, impediu que a negociação fosse fechada sem a participação do Irã, que descartou interromper seu aumento de produção até atingir os níveis históricos pré-sanções ocidentais.
O mercado reage positivamente aos fundamentos da commodity que trazem boas notícias de um possível fim na sobreoferta. O avanço da economia norte-americana e dados positivos vindo da China, assim como a queda na exploração de petróleo nos EUA, têm colaborado para as apostas otimistas.
No curto prazo, os investidores ainda consideram o impacto da greve dos petroleiros no Kuwait, que corta a produção do emirado em cerca de 1,7 milhão de b/d, 60% de seu total.
IPO da Aramco
A Arábia Saudita contratou o JPMorgan e Michel Klein para assessorar o IPO da estatal de petróleo Aramco. O objetivo é realizar a operação no próximo ano, com a venda de até 5% de participação na companhia. A previsão é que a negociação renda até US$ 106 bilhões ao reino.