CARACAS (Reuters) - A popularidade do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, subiu para 25 por cento, de acordo com o instituto de pesquisas Datanálisis, depois que os Estados Unidos declararam a Venezuela uma ameaça de segurança e impuseram sanções a sete funcionários do governo.
As medidas de Washington deram uma ajuda imprevista ao líder socialista em um dos piores momentos da história do chavismo.
Maduro reforçou a retórica revolucionária contra a agressão "imperialista" para estimular seus apoiadores e unir sua coalizão antes das eleições parlamentares, uma estratégia que parece ter rendido uma melhora modesta em sua popularidade.
"Maduro tem uma taxa de aprovação de 25 por cento", informou o Datanálisis em um tuíte nesta terça-feira, citando seu presidente, Luis Vicente León.
É uma melhora em relação aos 20 e poucos por cento anteriores, embora León tenha insinuado que a diferença está dentro da margem de erro. Ele não informou qual é a margem nem qual foi a amostragem.
"Nas quatro últimas pesquisas, a popularidade de Maduro se manteve estável, não caiu mais", acrescentou o instituto.
Parece improvável que o líder consiga uma reviravolta duradoura, ainda que o atrito com os EUA tenha lhe dado uma recuperação momentânea.
A desavença diplomática só pode distrair até certo ponto um país com uma inflação de quase 70 por cento, a segunda maior taxa de homicídios do mundo e falta de produtos básicos como leite e fraldas.
O Datanálisis disse que o índice de escassez, uma medida da carência de bens de consumo não-duráveis, chegou a 57 por cento na capital Caracas este mês.
(Por Diego Ore)