Por Joseph Guyler Delva
PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - Cerca de duas mil pessoas tomaram as ruas da capital do Haiti na segunda-feira para protestar contra comentários atribuídos ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a nação caribenha ser um “país de merda”, que causaram revolta na primeira república negra independente do mundo.
Trump negou ter usado a palavra para descrever o Haiti e países africanos durante um encontro sobre imigração neste mês, mas sua afirmação foi contradita por outras pessoas, incluindo o senador democrata Richard Durbin, que participou das conversas.
Os relatos provocaram ampla ira e fortes críticas mundialmente, e manifestantes haitianos participando do primeiro grande protesto nas ruas do país caribenho desde os supostos comentários de Trump atacaram o presidente norte-americano.
“Trump é um racista vulgar, e um racista é uma pessoa muito pobre de espírito”, disse Marvel Joseph, segurando uma bandeira haitiana. “Nós não sentimos nenhum ressentimento contra o povo americano, que nós sabemos que desaprova amplamente o comportamento de Trump na Casa Branca”.
Manifestantes seguraram cartazes de Donald Trump com uma bunda no lugar da boca e outras caricaturas do presidente norte-americano.
Trump negou ser racista após a controvérsia.