Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava nesta terça-feira e de volta ao nível de 3,22 reais, acompanhando a cena externa diante de alívio nas preocupações sobre eventual guerra comercial após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que adotaria tarifas sobre a importação de aço e alumínio.
Às 10:48, o dólar recuava 0,72 por cento, a 3,2246 reais na venda, depois de fechar a véspera em baixa de 0,08 por cento. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,50 por cento.
"Sabe-se que o presidente Donald Trump não encontra apoio no próprio partido Republicano, encontrando-se isolado na defesa do protecionismo. Reduzem-se, assim, os temores de uma guerra comercial global", trouxe a SulAmérica Investimentos em relatório.
No exterior, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno. Trump enfrentou crescente pressão de aliados políticos e empresas norte-americanas na véspera para não avançar com seus planos.
O apetite ao risco no exterior também foi renovado após acordo histórico entre as Coreia do Norte e do Sul em negociações diretas. Os dois países, ainda tecnicamente em guerra, terão sua primeira cúpula em mais de uma década no próximo mês, aproveitando as menores tensões depois dos Jogos Olímpicos de Inverno no mês passado na Coreia do Sul.
Internamente, os investidores estavam de olho na cena política, com o julgamento de pedido de habeas corpus preventivo da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção para o mercado cambial nesta sessão, por enquanto. Em abril, vencem 9,029 bilhões de dólares em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.