As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quinta-feira, sustentadas por balanços de empresas da região, enquanto investidores monitoram os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e seus impactos na economia.
Às 8h46 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,79%, a 463,74 pontos.
O apetite por risco na Europa continua sustentado por balanços melhores do que o esperado. Destacam-se a multinacional de alimentos Nestlé, cuja ação subia 1,5% em Zurique, a fabricante de tintas holandesa Akzo Nobel (+6,9%, em Amsterdã) e a fornecedora italiana de serviços petrolíferos Saipem (+10,4%, em Milão).
Por outro lado, a ação da Anglo American (LON:AAL) sofria um tombo de mais de 8% em Londres, após a mineradora divulgar números fracos de produção.
As consequências da guerra russo-ucraniana também seguem no radar. Na zona do euro, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) atingiu recorde de 7,4% em março, impulsionada pelos efeitos do conflito no Leste Europeu. A leitura final do CPI ficou um pouco abaixo da estimativa preliminar, mas amplia a pressão para que o Banco Central Europeu (BCE) aperte sua política monetária de forma mais agressiva.
Nos EUA, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vem dando claros sinais de que pretende acelerar a retirada de estímulos monetários nos próximos meses, diante da persistência da inflação. Dirigentes do Fed, incluindo seu presidente, Jerome Powell, vão se pronunciar ao longo do dia.
Também é esperado hoje discurso do presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey. O BC inglês vem elevando juros desde o fim do ano passado.
Também às 8h46 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,21%, a de Frankfurt avançava 1,51% e a de Paris se valorizava 1,82%. Já as de Milão e Madri tinham ganhos de 0,25% e 0,97%, respectivamente. Exceção, a de Lisboa caía 0,33%.
No câmbio, o euro se fortalecia a US$ 1,0879, de US$ 1,0855 no fim da tarde de ontem, enquanto a libra recuava a US$ 1,3037, de US$ 1,3064 ontem.
*Com informações da Dow Jones Newswires