Por Angus McDowall
BEIRUTE (Reuters) - Todos os hospitais do leste de Aleppo, na Síria, estão inoperantes após dias de pesados bombardeios, afirmaram a coordenação médica local e a Organização Mundial da Saúde (OMS), embora uma organização que monitora a guerra civil tenha informado que alguns ainda estão funcionando.
A conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca, Susan Rice, afirmou que os Estados Unidos condenaram "nos mais fortes termos" os últimos ataques aéreos contra hospitais e pediu à Rússia, aliada do presidente sírio Bashar al-Assad, que tome medidas para acabar com a violência.
Fortes bombardeios ocorreram no leste da cidade desde terça-feira, quando o Exército sírio e seus aliados retomaram operações após uma pausa que durou semanas. Eles lançaram ataques por terra contra posições dos insurgentes na sexta-feira.
O Observatório Sírio para Direitos Humanos afirmou que pelo menos 27 pessoas, incluindo crianças, morreram neste sábado na região devido a dezenas de ataques aéreos e bombas jogadas contra o local.
Aviões de guerra, artilharia e helicópteros continuaram bombardeando o leste de Aleppo neste sábado, atingindo muitos bairros residenciais, informou o Observatório.
"Essa destruição de infraestrutura fundamental para a vida deixa a população, cercada mas resoluta, incluindo todas as crianças e idosos, sem quaisquer estrutura médica para tratamento, deixando-os para morrer", afirmou a coordenação médica de Aleppo em comunicado enviado à Reuters na sexta-feira por uma autoridade da oposição.