FRANKFURT, 8 Ago (Reuters) - Os problemas na unidade de investimentos da Allianz nos Estados Unidos, a Pimco, persistiram no segundo trimestre, diante da diminuição de recursos de clientes e a queda da eficiência, o que representa um desafio para a maior seguradora da Europa, embora o grupo permaneça a caminho de obter lucro recorde em 2014.
A Allianz disse nesta sexta-feira que investidores retiraram mais de 20 bilhões de euros (26,8 bilhões de dólares) da Pimco no segundo trimestre, o que lança uma sombra sobre os resultados de sua divisão de seguros que superaram até mesmo a maior das previsões de analistas.
O lucro operacional do grupo de 2,8 bilhões de euros no trimestre deixa a Allianz a mais de meio caminho andado em direção à meta de 10 bilhões de euros, com margem de erro de 500 milhões para cima ou para baixo, no ano.
"Esperamos que a faixa superior da meta seja atingida", disse o presidente-executivo da Allianz, Michael Diekmann, em comunicado.
Investidores têm retirado dinheiro do fundo Total Return Fund, da Pimco, maior fundo de bônus do mundo, devido a uma performance em enfraquecimento e para se posicionar para um aumento das taxas de juros nos Estados Unidos.
O fundo, administrado pelo fundador da Pimco, Bill Gross, teve seu décimo quinto mês seguido de retirada de recursos de investidores em julho, apesar da melhora da performance. No entanto, a Allianz disse que o ritmo de saída de recursos diminuiu.
O lucro operacional da divisão de gestão de ativos do grupo, que inclui a Pimco e a gestora de menor porte Allianz Global Investors, caiu 16 por cento para 675 milhões de euros e foi a única divisão a sofrer no trimestre.
No segundo trimestre, a Allianz teve avanço de 10,5 por cento no lucro líquido, para 1,76 bilhão de euro, superando a previsão mais otimista de analistas de 1,66 bilhão de euros, segundo pesquisa Reuters.
(Por Jonathan Gould)