Taxas futuras recuam com impasse comercial entre Brasil e EUA e falas de Galípolo no radar
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esquivou-se nesta segunda-feira de uma pergunta sobre a possibilidade de prorrogar o prazo de 12 de agosto para a entrada em vigor de tarifas altas sobre produtos chineses, dizendo a repórteres: "Veremos o que acontece", mas elogiando a cooperação da China nas discussões.
"Estamos lidando muito bem com a China. Como vocês provavelmente já ouviram, eles têm tarifas enormes que estão pagando aos Estados Unidos da América", disse Trump a repórteres.
"Eles estão lidando muito bem", disse ele, acrescentando que tem um bom relacionamento com o presidente chinês, Xi Jinping.
Uma trégua entre Pequim e Washington vai expirar em 12 de agosto, mas o governo Trump tem sinalizado que o prazo pode ser prorrogado. Se isso não acontecer, as tarifas dos EUA sobre os produtos chineses subirão para 145%, e as taxas da China sobre os bens norte-americanos chegarão a 125%.
Em maio, os dois lados anunciaram uma trégua em sua disputa comercial após conversas em Genebra, na Suíça, concordando com um período de 90 dias para permitir novas discussões. Eles se reuniram novamente em Estocolmo, na Suécia, em julho, mas não anunciaram um acordo para estender ainda mais o prazo.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que Washington tem condições de fazer um acordo com a China e que está "otimista" quanto ao caminho a seguir.
Mas Trump insistiu em concessões adicionais no domingo, pedindo à China que quadruplique suas compras de soja, embora analistas tenham questionado a viabilidade de tal acordo.
Trump não repetiu a exigência nesta segunda-feira.
(Reportagem de Trevor Hunniccutt e Andrea Shalal)