Fique por dentro das principais notícias do mercado desta terça-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 28.10.2025, 08:17
© Reuters

Investing.com – Os índices futuros das bolsas em Nova York operavam próximos da estabilidade nesta terça-feira, em meio a uma semana marcada por balanços corporativos relevantes, reuniões de bancos centrais e tratativas comerciais entre Washington e Pequim.

O presidente dos EUA, Donald Trump, cumpre agenda no Japão, última etapa de uma viagem pela Ásia. A expectativa é que a visita abra caminho para um acordo comercial com a China, que deve ser discutido na cúpula prevista para quinta-feira, na Coreia do Sul.

Entre as companhias em destaque, os resultados da UnitedHealth devem atrair atenção após o forte movimento de recuperação recente das ações. A Amazon, por sua vez, estaria planejando eliminar até 30 mil postos de trabalho corporativos, enquanto o ouro amplia as perdas iniciadas na segunda-feira.

No Brasil, o presidente Lula conclui viagem à Malásia com ganhos diplomáticos e novos acordos bilaterais, mas sem avanços concretos nas negociações comerciais com Donald Trump.

1. Futuros de Wall Street próximos à estabilidade

Os principais índices futuros dos EUA registravam movimentos contidos nesta terça-feira, com investidores aguardando balanços e de olho nas negociações entre as duas maiores economias do mundo.

Às 8 h de Brasília, o Dow Jones subia 0,25%, enquanto o Nasdaq 100 e o S&P 500 operavam perto da estabilidade no mercado futuro.

Na véspera, as bolsas de Nova York fecharam em níveis recordes pelo segundo dia consecutivo, apoiadas pela expectativa de que o encontro entre Trump e Xi Jinping traga um alívio duradouro nas tensões comerciais.

O otimismo com a possibilidade de um acordo que evite novas tarifas e flexibilize o controle chinês sobre exportações de terras raras reduziu a aversão ao risco, levando o índice de volatilidade VIX ao menor patamar em um mês.

Entre os destaques corporativos, as ações da Qualcomm avançaram 11% após a fabricante anunciar o lançamento, para o próximo ano, de dois novos processadores de inteligência artificial voltados a data centers.

2. Trump visita o Japão antes da cúpula com Xi Jinping

Antes do encontro com o líder chinês, Trump realiza uma viagem diplomática pela Ásia que inclui passagens por diversos países.

Nesta terça-feira, o presidente se reuniu no Japão com a recém-eleita primeira-ministra Sanae Takaichi, considerada herdeira política de Shinzo Abe, ex-premiê e aliado próximo de Trump.

Os dois líderes assinaram um acordo-quadro para o fornecimento de terras raras, com o objetivo de reduzir a dependência global da China nesse mercado estratégico, essencial para a produção de veículos elétricos e semicondutores. Nenhum deles, porém, mencionou diretamente a China durante o anúncio.

Ainda há poucos detalhes sobre o pacote de investimentos de US$ 550 bilhões que o Japão prometeu direcionar aos EUA como parte de um acordo bilateral firmado no início do ano. Segundo a Reuters, o plano prevê investimentos no setor naval e a compra de soja, gás e caminhonetes americanas.

3. Amazon prepara corte de até 30 mil empregos, diz Reuters

A Amazon estaria se preparando para anunciar uma nova rodada de demissões em cargos corporativos, segundo fontes ouvidas pela Reuters.

De acordo com o relatório, até 30 mil empregos podem ser eliminados, cerca de 10% da força de trabalho corporativa da empresa, em uma tentativa de reduzir custos e corrigir o excesso de contratações realizado durante a pandemia.

Os comunicados aos funcionários afetados devem começar a ser enviados nesta terça-feira. Se confirmada, será a maior reestruturação de pessoal da companhia desde 2022, quando cerca de 27 mil vagas foram encerradas.

Nos últimos dois anos, a Amazon vem reduzindo divisões não essenciais, como podcasting, comunicações e dispositivos, enquanto o CEO Andy Jassy alerta para novos cortes diante da expansão de projetos de inteligência artificial.

A medida pode atingir inclusive o braço de computação em nuvem, o Amazon Web Services (AWS), segundo o mesmo relatório.

4. Ouro estende perdas antes da decisão do Fed

Os preços do ouro seguiram em queda nesta terça-feira, após romperem o nível de US$ 4.000 por onça na véspera, com a melhora do clima entre EUA e China reduzindo a busca por ativos de proteção antes da reunião do Federal Reserve.

O ouro à vista recuava 1,6%, a US$ 3.915,67 por onça, enquanto os contratos futuros nos EUA perdiam 2,3%, a US$ 3.928,26.

O metal precioso acumulou queda superior a 3% na segunda-feira, alcançando o menor nível em mais de duas semanas, e já cede cerca de 10% desde o recorde histórico de US$ 4.381,29 por onça, registrado há uma semana.

“Mesmo após o ajuste recente, o ouro ainda acumula alta superior a 50% no ano, sustentado pela demanda de ETFs e pelas compras de bancos centrais, que buscam diversificação”, afirmaram analistas do ING em relatório.

Segundo o banco, a recente correção pode até estimular novos aumentos de reservas por bancos centrais.

Os investidores agora se voltam para a reunião de dois dias do Fed, que começa nesta terça-feira e deve encerrar-se na quarta com um corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros.

Taxas menores tendem a favorecer o ouro por reduzir os rendimentos reais, mas grande parte desse ajuste já está precificada, o que limita o potencial de valorização do metal no curto prazo.

5. Governo brasileiro avalia saldo de viagem de Lula à Malásia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou sua viagem à Malásia com avanços diplomáticos, mas sem um acordo comercial com o presidente norte-americano, Donald Trump.

O encontro entre os dois, considerado o ponto central da agenda, foi descrito como “franco e construtivo”, mas terminou sem compromissos concretos para reduzir as tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros.

Trump afirmou ter tido uma “ótima reunião”, mas evitou promessas, dizendo que “veria o que acontece”, enquanto Lula ressaltou que as negociações seguirão entre as equipes técnicas.

Durante a viagem, o presidente brasileiro também assinou sete acordos com a Malásia em áreas de tecnologia e inovação, defendeu o livre comércio e criticou o protecionismo, recebeu o título de “doutor honoris causa” e reafirmou a intenção de ampliar o uso de moedas locais no comércio internacional, postura contrária à política de defesa do dólar sustentada por Trump. (Com Poder360).

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