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ANÁLISE-Guedes perde influência à medida que Bolsonaro assume rédeas dos gastos

Publicado 16.09.2020, 16:45
Atualizado 16.09.2020, 16:45
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Jamie McGeever

BRASÍLIA (Reuters) - Paulo Guedes enfrentou sua cota de desafios políticos desde que assumiu o ministério da Economia, mas raramente sua influência sobre a agenda econômica do governo esteve tão colocada em dúvida quanto agora.

Guedes viu sua proposta de reformulação de um programa de assistência social ser rejeitada publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro e está no banco de trás nas negociações com congressistas sobre as reformas fiscais.

E, abominação máxima para ele, a corrente política parece estar indo na direção de um maior apoio governamental à economia no pós-pandemia.

Guedes já provou que céticos sobre sua força estavam errados, principalmente no ano passado, quando o debate no Congresso sobre a reforma da Previdência estava no auge e cresceram as especulações de que ele poderia simplesmente deixar o governo.

Ele se recuperou com mais vigor, otimista de que sua agenda de austeridade fiscal, desregulamentação e cortes no Estado estava progredindo e proporcionaria um crescimento econômico forte e sustentado.

A política pandêmica mudou as coisas, no entanto. Talvez para sempre.

"Este é o momento de maior isolamento para Guedes", disse Creomar de Souza, fundador da consultoria Dharma Political Risk and Strategy, com sede em Brasília. "A maior diferença agora é que toda a sua visão de controlar os gastos públicos parece ter sido derrotada no palácio presidencial."

Esta semana, Bolsonaro se distanciou de Guedes, criticando a forma como seu ministro da Economia planejava executar o "Renda Brasil", um programa de assistência social que o governo queria implementar em substituição ao popular "Bolsa Família".

O Ministério da Economia, de acordo com a imprensa local, propôs financiá-lo com cortes em aposentadorias e em benefícios para deficientes físicos, o que Guedes disse ser uma "distorção" da mídia.

VENTOS POLÍTICOS

Na tentativa de conter as especulações em torno do futuro de Guedes no fim do mês passado, o Ministério da Economia divulgou nota afirmando que ele não renunciaria.

Seu favoritismo aos olhos dos investidores pode ser avaliada pela forma como os mercados brasileiros reagiram naquele dia às especulações sobre sua possível saída. O real atingiu a mínima em três meses, o Ibovespa recuou 1,5% e alguns juros futuros tiveram a máxima desde maio.

Bolsonaro e Guedes insistem que não há grande divergência entre eles e que ambos estão empenhados em reduzir o déficit e a dívida orçamentária recorde do Brasil para levar as finanças públicas de volta aos trilhos.

Mas Guedes, um fiscalista conservador formado em Chicago, teve suas asas cortadas por seu chefe populista, cujos índices de aprovação melhoraram com os bilhões de reais em auxílio fornecido ​​aos mais pobres do Brasil para ajudá-los durante a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus.

Guedes tem insistido que todos os gastos relacionados à pandemia devem encerrar em 31 de dezembro, e não há provisão para qualquer programa de assistência social adicional nas propostas de Orçamento de 2021. Mas o terreno político está mudando.

"Acho que Paulo Guedes já perdeu a guerra. A questão é se ele continua na frente ou abandona", disse um parlamentar sênior que trabalhou de perto com Guedes.

"O Congresso é reformista quando está focado nas reformas. Mas há muita pressão para os gastos públicos e não vejo mais muito entusiasmo por reformas”, disse ele.

PERSPECTIVA PREJUDICIAL

Esse não é um rompimento repentino. Em abril, Guedes se ausentou do lançamento de um programa de investimento em infraestrutura, conhecido como "Pró-Brasil", que contava com as impressões digitais dos generais do Exército do gabinete de Bolsonaro, não da equipe econômica.

Uma proposta de reforma administrativa anunciada este mês, com medidas para cortar os gastos do setor público e que daria ao presidente novos poderes para definir extinção de cargos e órgãos, também carrega as marcas tanto de Bolsonaro quanto de Guedes.

Segundo Guedes, o projeto vai economizar pelo menos 300 bilhões de reais em dez anos.

Mas o ministro tem sido conhecido por se enganar para o lado otimista das estimativas: de previsões de crescimento econômico a previsões de trilhões de reais de investimento e gastos do setor privado à espera de serem liberados assim que as condições forem adequadas.

O problema é que, do ponto de vista fiscal, as condições não parecem estar certas há algum tempo.

"As perspectivas fiscais continuam piorando", escreveram economistas do Citi em uma nota esta semana, emitindo previsões fiscais mais difíceis.

© Reuters. (Blank Headline Received)

Eles agora veem o déficit orçamentário do governo, excluindo o pagamento de juros, chegando a 948 bilhões de reais, ou 13,7% do PIB este ano, maior do que as previsões do governo de 866 bilhões, ou 12,1% do PIB.

Bolsonaro também pediu recentemente ao Congresso que retirasse o pedido de urgência da reforma tributária encaminhada em julho. Guedes tem sido um defensor da simplificação do complexo sistema tributário brasileiro.

Segundo economistas do Citi, o Congresso pode não aprovar essas reformas até o ano que vem, quando as finanças públicas estarão ainda piores e os desafios de Guedes, ainda maiores.

Últimos comentários

Reuters
se sair o projeto da FAKENEWS... esse site fecha as portas kk
deve estar fraco de repórter no mercado...colocam qualquer um pra escrever...só noticia sem conteúdo ....
Analise rasa sem conteúdo só achismo. Perda de tempo.
O brasileiro é um torcedor nato. Cheio de ideologia. Não consegue ser imparcial nunca. Até juiz participa de ato político. Os petistas justificavam os roubos do PT dizendo: "E o FHC". Agora os bolsonaristas dizem: E o PT, e o Lula? Esse país nunca dará certo. O povo ainda é atrasado intelectualmente. Defende político sem ganhar um tostão, pelo contrário, só levam nabo.
Esta corretissimo Danilo.
Que bosta de materia
O melhor economista que o Brasil já teve. Que matéria ruim.
Escrito por ruimuter.
O Paulo Miguédes foi atropelado pelo veículo placa COVID19, morreu mas passa bem e continua rico.
Matéria ridícula ! Querem causar o caos , mas não estao convencendo . Essa para materia só serve para desinformar . Sigam o Alexandre Garcia!!
Materia da Reuters que está mais para Haters. 😂
essa matéria parece conversa de comadres, em nada contribui, só ruído
Quanta bobagem!
A mesma narrativa tendenciosa de sempre pra criar ruído entre a Presidência e o Guedes.
Brasil precisa de investimento em infraestrutura e desenvolvimento industrial com tecnologias de ponta, seja público ou privado não interessa.
blá blá blá blá entraram juntos e vai sair juntos! #fechadocombolsonaro
Nao sei se o Guedes é um incompetente ou se é o Bolsonaro que faz questao de piorar a situacao fiscal para ganhar popularidade... Bolsa familia 38 Bi por ano x Renda Brasil 56 Bi por mes
inveja é triste. acaba com a alma.
O principal financiador das reformas parece fraquejar. O governo está com as contas péssimas, e não há um plano para a recuperação, reformas não andam e então o investidor cai fora
E para onde estão indo os investidores? para China?
Argentina ta logo ali , vai com Deus ....
Populismo demais.... aumento de gastos demais.... e o guedes btg demais kkkk
O chororo a inveja e a vontade de ver o Brasil voltar aos politicos corruptos na presidência, é livre !
os corruptos só mudaram de nome.
Nessa matéria só faltou assinatura do William Bonner. Matéria Inútil. Bolsonaro 2022!
Essa íngua podia cair logo. Pior equipe econômica da história desse país e olha que ja teve gente ruim heim!
Reuters Brasil parace filial da folha de SP!
Só verdades, parabenizo pela bela reportagem.
Materia unutil do caralh0 ......
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