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Após Touro da B3, novo boulevard da Paulista entra na mira da Prefeitura

Publicado 24.11.2021, 11:52
Atualizado 24.11.2021, 14:37
© Reuters Após Touro da B3, novo boulevard da Paulista entra na mira da Prefeitura

Após a remoção da escultura Touro de Ouro da calçada da sede da B3 (SA:B3SA3), no centro histórico de São Paulo, realizada na noite de ontem, o foco das autoridades do urbanismo da Prefeitura da capital se voltam agora para o megaprojeto Cidade Matarazzo, um novo complexo de luxo e boulevard na região da Avenida Paulista, que inclui um hotel seis estrelas da rede Rosewood, e futura atração turística da maior metrópole do país.

Na próxima quarta-feira (1º), a CPPU (Comissão de Proteção da Paisagem Urbana) vai analisar o projeto, em uma reunião marcada para 14h. Já na sexta-feira (3), haverá uma audiência pública para discutir o empreendimento de R$ 3 bilhões, previsto para ser totalmente finalizado somente em 2023. Devido à polêmica da obra em frente ao prédio da Bolsa, a CPPU adiou a análise do Cidade Matarazzo de ontem para a próxima semana.

No último dia 1º, o governador João Doria (PSDB) participou do anúncio da entrega da primeira fase do Cidade Matarazzo, projeto apresentado como uma união de preservação ambiental, lazer e cultura na avenida Paulista. Idealizado pelo empresário francês, Alexandre Allard, o empreendimento está em construção em um terreno de 30 mil m², onde funcionava o antigo Hotel Matarazzo, no quadrilátero formado pela Paulista, Alameda Rio Claro e ruas São Carlos do Pinhal e Itapeva, próximo da sedes do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Segundo o governo paulista, no local funcionará um Eco-hotel, com oferta de gastronomia baseada em práticas agrícolas sustentáveis. “O empreendimento também abrigará um campus cultural e um pólo de inovação que deve reunir 1.200 ONGs, fundos filantrópicos, empreendedores verdes, cientistas, grandes empresas, governo e outras instituições envolvidas na valorização dos recursos naturais”, descreve o material do governo.

No espaço, segundo a administração estadual, serão plantadas cerca de 10 mil árvores nativas prometendo devolver o verde à região e auxiliar na permeabilização do solo. O projeto é desenvolvido por especialistas como o arquiteto francês Jean Nouvel – ganhador em 2008 do Prêmio Pritzker, o engenheiro Rudy Ricciotti, Stefano Mancuso, Brando Crespi, fundador do Pro Natura International, engajado no combate global às mudanças climáticas.

O megaprojeto precisa ainda ser submetido à análise da CPPU, que é um órgão colegiado integrante do Sistema de Planejamento e Gestão Democrática do município. É composto por oito membros do poder público e outros oito representantes da sociedade civil. Entre suas atribuições, estão proteger a Lei Cidade Limpa (nº 14.223/2006), elaborar, propor e apreciar normas e regras sobre a paisagem urbana, além de emitir parecer e deliberar sobre casos de aplicação da legislação específica sobre anúncios, mobiliário urbano, infraestrutura e inserção e remoção de elementos na paisagem urbana.

Touro

A polêmica sobre o Touro de Ouro aumentou a visibilidade dessa comissão, ligada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento. Ontem, durante o julgamento que resultou na ordem de remoção imediata da escultura, integrantes do CPPU comentaram sobre o assédio da imprensa sobre a controvérsia urbanística. A obra do artista plástico Rafael Brancatelli foi considerada publicitária e, como não tinha aval da comissão para permanência na calçada, teve de retirada da rua XV de Novembro.

O Diário Oficial do município deve divulgar, amanhã (25), a decisão, segundo a Secretaria. O próximo passo é a definição do valor da multa a ser paga pela B3, algo que só pode ser feito após a publicação oficial da decisão do CPPU. Caberá à Subprefeitura da Sé, responsável pela área onde fica a B3, calcular o valor. O projeto do Touro de Ouro custou R$ 350 mil. O local já era visto como um novo ponto turístico da cidade, em um região marcada pela presença de pessoas em situação de rua e fechamento do comércio devido à crise sanitária da Covid-19.

A estátua do Touro, acusada de plágio devido às semelhantes com o Charging Bull, de Wall Street, em Nova York, foi considerada uma peça publicitária, pois sua placa indicava o nome da empresa do influenciador Pablo Spyer, ligado à XP (NASDAQ:XP) (SA:XPBR31). Construído sobre uma estrutura modular de fibra de vidro, com pintura automotiva dourada, o Touro de Ouro dividiu opiniões, ontem, durante o julgamento na CPPU. Enquanto alguns comerciantes da região argumentavam sobre os benefícios da obra para a maior movimentação no centro, professores universitários, arquitetos e urbanistas criticaram a ocupação irregular do espaço urbano e a necessidade de ordenamento e respeito à lei vigente.

Ontem, o artista plástico chegou a propor uma mudança do projeto artístico do Touro, como a alteração da placa, além de obtenção das devidas licenças após a reapresentação dos documentos. Ou seja, ele indicou que pretende adequar a escultura e tentar voltar para a calçada da B3, apesar dos sucessivos ataques sofridos pela obra, como pichação e colagem de cartazes com a inscrição “fome”.

Nas redes sociais, o Touro de Ouro provocou reações extremas, como críticas à sua simbologia de prosperidade em meio a uma região degradada e à situação de insegurança alimentar no país e defesa da obra pelo seu estímulo ao turismo e à revitalização do centro histórico.

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Últimos comentários

tiraram o tourinho e deixaram a Cracolândia. Qual será o impacto. Solta o touro na Cracolândia quem sabe o touro ganha o poder de ficar kkkkk
Uma lixarada absurda na cidade, tudo caindo aos pedacoes. E vem dizer que é proteçáo da paisagem urbana? Tomou pinga ou o que é? Vem uma construcao desse porte aí nao pode? Que inversao de conceitos, de preservacao. Surreal. Quanta incometencia junta!
Cadê os defensores da arte?
A cracolândia, símbolo da degradação da espécie humana ninguém mexe!Bando de políticos ……………
Demagogos.
Palhaçada... antes de tudo trata-se de uma escultura, arte. Representa o capitalismo. A esquerda quer audiência com essa história.
Acho uma palhaçada essa polêmica do Touro de Ouro e pior ainda de ninguém ter sido preso pelo vandalismo. Vergonha !!!!!
deveriam colocar um palhaço na frente.
O Lula ?
pros corretinhos q e contra o TOURO DE OURO, e defende vandalismo e vagabundos, e que resolver os problemas dos " que passam fome" do psol e pt, pq nao vendem suas posses: apes, casa de luxo, carros e doem pra eles, dai nao precisam ficar incomodados com sucesso aleio
prefeitura vende a rua e o comprador coloca o bicho que quiser.
Governantes como sempre atrapalhando, e burocratizando os negócios. Esse pessoal tem que aprender a não atrapalhar o desenvolvimento. A esquerda implantou uma mentalidade de que o povo tem que receber tudo de graça, vão trabalhar cambada....
o maior simbolismo naquela região é os moradores de rua . b3 gasta 350k nesse projeto e os famintos continuam lá . b3 dá um jeito de expulsar os moradores de rua para colocar uma estátua em rua pública , lá não é só calçada de pedestre , passa carro , é permitido passar carro naquele trajeto . e ainda tem pessoas que defendem essa colocação desse boi de chifre ,
eu tbm quero ocupar um espaço naquela rua . se um pode todos podem
Se tivesse um chifre só no meio da testa ao inves de 2 nas laterais da cabeça, se fosse pintado de arco-iris do PSOL ao inves de dourado e com um lencinho do MST no pescoço jamais teriam mexido com touricornio!
Ridícula essa atitude!!!
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