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BC lança cédula de R$200 e diz que, sem ela, Brasil poderia ter falta de dinheiro

Publicado 02.09.2020, 14:00
Atualizado 02.09.2020, 15:20
© Reuters. .

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - Sem a criação da polêmica cédula de 200 reais, lançada oficialmente nesta quarta-feira, o país poderia viver problema de falta de dinheiro em espécie em meio ao aumento da demanda gerado pela pandemia da Covid-19, afirmou a diretora de Administração do Banco Central, Carolina Barros.

"Diversos cenários de estresse foram modelados pela equipe econômica do BC e ficou claro que, se nenhuma medida incisiva fosse tomada, poderíamos sim ter falta de numerário", disse ela, acrescentando que o problema poderia gerar dificuldade de acesso de grande parte da população a itens de consumo básico.

Projeções do BC indicavam a necessidade de um adicional de 105,9 bilhões de reais, em valor financeiro, que precisaria ser gerado em um espaço de cinco meses para fazer frente à demanda. O número veio como um adicional à encomenda de novas cédulas e moedas já previstas para o ano, da ordem de 64 bilhões de reais.

Barros justificou que a impressão de notas de 100 reais não seria uma alternativa factível, considerando a necessidade de gerar maior volume financeiro em menor espaço de tempo.

Também presente no evento, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, frisou que o lançamento da nova cédula é resposta a mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19, já que houve aumento expressivo da demanda da sociedade por dinheiro em espécie.

"Outras nações viveram fenômeno semelhante. Em momentos de incerteza, é natural que as pessoas busquem a garantia de uma reserva em dinheiro. Os programas de transferência de renda implementados para enfrentar os efeitos negativos da crise e a extensão do programa de auxílio emergencial também contribuem para essa maior demanda por dinheiro em espécie em nosso país", disse Campos Neto.

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"Além disso, com a crise, o ritmo de retorno das cédulas à rede bancária é menor, já que diminuiu a quantidade de transações presenciais no comércio", completou ele.

Segundo Campos Neto, uma cédula de maior valor já estava em pré-projeto desde o lançamento da segunda família de cédulas do real, em 2010.

Mas o efetivo anúncio da medida neste ano, na esteira da crise, gerou as mais variadas manifestações contrárias, ligadas à preocupação com temas como segurança e inflação.

Em ação movida junto ao Supremo Tribunal Federal, inclusive, os partidos políticos PSB, Podemos e Rede Sustentabilidade tentaram barrar o lançamento e a circulação da nova nota.

Em manifestação ao STF na semana passada, Campos Neto defendeu a legalidade da investida à ministra Cármen Lúcia, relatora do processo. A área jurídica do BC, por sua vez, apontou que 20 milhões de cédulas já haviam sido encomendadas num primeiro lote, ao custo de 6,5 milhões de reais.

Para 2020, o BC tem contrato assinado com a Casa da Moeda no valor de cerca de 146 milhões de reais para aquisição de 450 milhões de cédulas de 200 reais, e a estatal responsável pela produção de numerário já adquiriu parcela significativa dos insumos.

Sobre o tema, a diretora Carolina Barros afirmou que o BC prestou todas as informações solicitadas ao STF e que agora aguarda a decisão da corte.

"O BC respeita decisões judiciais", disse.

Questionada sobre eventual ligação entre a nova cédula e a perda de valor do real, ela também afastou qualquer conexão nesse sentido.

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"Criação da cédula de 200 reais não tem a ver com a perda de poder de compra da nossa moeda nem mesmo com inflação. Aqui o Banco Central verificou uma demanda excepcional por papel-moeda e é papel do Banco Central, portanto, atender essa demanda. Nós estamos num país com inflação baixa e estável", disse.

No fim de agosto, o próprio Campos Neto reconheceu que o lançamento da nota de 200 reais "de fato vai contra algumas coisas que o Banco Central está pregando", em referência à preconização de um sistema financeiro cada vez mais moderno e digital.

Mas ele pontuou que a medida foi necessária num momento em que o governo precisou emitir mais dinheiro e de forma mais rápida.

No mundo, diversos países caminham na direção contrária da escolhida pelo Brasil, tirando de circulação cédulas de maior valor para, com isso, coibir a lavagem de dinheiro e a realização de outras atividades ilegais usualmente feitas com dinheiro em espécie.

Na coletiva, Barros negou tratar-se de uma solução permanente para um problema temporário.

"Cédula de 200 reais veio para ficar", disse. "Quando essa demanda não mais se fizer presente, o Banco Central gradativamente vai ajustando", disse.

A nova cédula, que começa a circular já nesta quarta-feira em algumas capitais do país, tem como personagem o lobo-guará. O animal foi o terceiro mais citado em pesquisa promovida pelo BC em 2001 para identificar quais espécimes da fauna a população gostaria de ver representadas nas notas do país. Os dois mais votados, tartaruga marinha e mico-leão-dourado, foram usados nas notas de 2 reais e 20 reais, respectivamente.

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Últimos comentários

E por que não continuou fabricando as de 100 e 50?
ahamm sei os caras dao o motivo q querem pro gado acreditar e maqueiam a real enfiam a hipocrisia estatal
aham sei
Essa nota ai foi criada pra ajudar os ricos e os políticos, facilitando na sonegação de imposto e na corrupção
já tá tudo caro mesmo. óleo leite arroz feijão...pelo menos com uma note de 200,00 enche o tanque ou quase. aí fica fácil.
só iria fazer falta se todo mundo estivesse guardando os 600,00 no colchão.
agora a rachadinha fica mais eficiente. Nao vai dar tanto volume na cueca. Vcs acham que o arroz a 30 reais o saco de 5kg é caro? nao viram nada ainda...
Vc viu isso tudo ate agora ou só acordou do coma ??
Pra mim não faz sentido nenhum a criação dessa nota. Poderia ter falta de dinheiro em espécie? WTF? Pandemia facilitou isso? A pandemia que tá impulsionando a revolução bancária (bancos digitais, fintechs) no Brasil e no Mundo. No futuro ninguém mais vai andar com papel na mão, vai ser tudo digital. Não sei que cenários de "estresse" foram esses simulados pra criar essa nota, mas não vejo fundamento. Coitado do tio da lanchonete pra passar troco depois de receber um guará....
guará falso KKK. pq no começo ... e os clientes são espertos comem pra depois dar. anota de 200,00 KKK ao invés de perguntar se terá troco. uma coxinha e uma coca 5,00 KKK
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